Tesouro Direto: títulos atrelados à Selic foram os mais procurados em fevereiro

Mais de 35 mil pessoas entraram no Tesouro Direto apenas em fevereiro; investidores ativos ultrapassam 1,8 milhão

- Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF
- Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF

O número de investidores ativos (com saldos aplicados) no Tesouro Direto aumentou 35.393 só em fevereiro, atingindo um total de 1.862.785. O número de investidores cadastrados aumentou 430.444, um crescimento de 75,53% sobre fevereiro de 2021, atingindo 17.369.623 pessoas. Os dados foram divulgados hoje pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Fonte da área econômica avalia que o aumento do interesse pela aplicação pode ter sido motivado por um conjunto de fatores. Além da alta da taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano, o início da guerra entre Rússia e Ucrânia pode ter estimulado os investidores a migrarem para a renda fixa, para escapar das oscilações da Bolsa de Valores.

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O técnico observa que não só a Selic se encontra atrativa para os investidores, mas também os demais papéis do Tesouro Direto, se for considerado um período mais longo, de 2019 para cá.

No mês, a maior rentabilidade bruta foi vista no Tesouro Selic 2027: 1,10% no mês, 2,03% no ano e 6,96% em 12 meses. O pior rendimento foi visto no Tesouro IPCA+ 2045: -2,11% no mês, -11,04% no ano e –26,74% em 12 meses. O Tesouro informa que variações negativas decorrem do aumento de juros de mercado. No entanto, se levados até o vencimento, esses papéis pagam a taxa acordada no momento da compra.

No total, as operações de investimento no Tesouro Direto somaram R$ 3,19 bilhões em fevereiro. Como foi realizado R$ 1,67 bilhão em resgates, o resultado foi uma emissão líquida de R$ 1,52 bilhão no mês.

O valor médio por operação foi R$ 6.448,42. No entanto, o número de aplicações de até R$ 1.000,00 representaram 62,18%.

Segundo o Tesouro Nacional, o título mais procurado em fevereiro foi o Tesouro Selic, que respondeu por R$ 1,90 bilhão em vendas, ou 59,76% do total. Em seguida, vieram os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), que representaram 28,82% das vendas, ou R$ 918,37. Os títulos prefixados vendidos em fevereiro somaram R$ 364,07 milhões, ou 11,42% do total.

Da mesma forma, as recompras foram lideradas pelos títulos indexados à Selic, com R$ 784,76 milhões, seguido pelos atrelados a índices de preço, com R$ 446,06, e os prefixados, com R$ 266,78 milhões.

As vendas se concentraram em papéis curtos, com vencimento de um a cinco anos, com 55,7% do total. As com vencimento de até dez anos responderam por 12,74% e as com vencimento entre cinco e dez anos, 31,55%.

O estoque de títulos públicos vendidos pelo Tesouro Direto chegou a R$ 83,19 bilhões em fevereiro, um aumento de 2,82% sobre fevereiro de 2021.

Apesar do avanço recente dos papéis indexados à Selic, os títulos corrigidos pela inflação ainda são os mais representativos do estoque, com 55% do total. Os papéis indexados à taxa Selic são 28,01% do total e os prefixados, 16,98%.

No corte por prazo de vencimento, os papéis com prazo entre um e cinco anos são a maior fatia do estoque, com 61,73%, seguidos papéis com prazo acima de cinco anos (34,90%) e com até um ano (3,37%).

 

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