Pré ou pós-fixado: qual o melhor para investir com a Selic a 13,25%?

Entenda como fica o cenário de títulos no Brasil e como montar uma carteira ideal para aproveitar a Selic alta

A busca pelos melhores títulos de renda fixa, sejam com rendimento pré ou pós-fixado, se intensificou entre os investidores após a recente alta da Selic para 13,25%. Isso porque a mudança na taxa de juros trouxe impactos significativos no cenário de investimentos em renda fixa.

Pré ou pós-fixado: qual escolher agora?

A alta da Selic beneficia diretamente os títulos pós-fixados, como destaca Filipe Arend, head de renda fixa da Faz Capital. “A rentabilidade desses títulos é sempre calculada diariamente, com base na taxa Selic ou no CDI diário. Dessa forma, uma elevação da taxa pelo Banco Central já passa a refletir no rendimento do investidor no dia seguinte ao desse movimento.”

Reforçando essa visão, Lucas Queiroz, estrategista de renda fixa do Itaú BBA, projeta que o cenário de juros altos se prolongará. A expectativa, de acordo com ele, é que o Banco Central eleve a taxa Selic para o patamar de 15,75% ao ano em 2025 e depois reduza esta taxa para o patamar de 13,75% ao ano em 2026.

“Como será um período de taxa de juros elevada, a remuneração dos títulos pós-fixados seguirá com rentabilidades muito atrativas ao menos nestes próximos dois anos, depois de uma forte performance no ano passado.”

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    Por outro lado, na escolha entre títulos com rendimento pré ou pós-fixado, ele aponta que o momento também pode ser favorável para os prefixados e títulos atrelados à inflação. Tudo depende do horizonte de tempo.

    “Enquanto, por um lado, a subida da taxa de juros e o impacto altista nas taxas futuras levou os títulos pré e IPCA+ a apresentarem performance aquém dos pós-fixados neste último ano, por outro lado, estas taxas altas são uma oportunidade para o investidor garantir retornos elevados por período de tempo longo, o que não é possível com investimentos pós-fixados, que estão sempre sujeitos à dinâmica da inflação e da resposta do Banco Central.”

    Quais ativos se destacam?

    Os especialistas concordam que títulos pós-fixados, como LCIs, LCAs, LCDs e Tesouro Selic, são os mais indicados no atual patamar de juros, especialmente para o curto prazo. Além da segurança e liquidez, muitos desses ativos contam com isenção de imposto de renda e cobertura do FGC.

    Jacinto Santos, analista CNPI da CM Capital, reforça essa visão. “Títulos indexados ao CDI (% do CDI ou CDI+) ou Tesouro Selic são mais propícios para aproveitar a abertura da taxa de juros.”

    Para investidores dispostos a assumir mais risco, Filipe Arend sugere crédito privado de emissores high grade. “Esses títulos ainda pagam spreads interessantes em relação ao CDI e são boas opções para diversificar a carteira.”

    Estratégia para diversificar na renda fixa

    Filipe Arend sugere uma alocação equilibrada para a carteira de renda fixa:

    • 70% em títulos pós-fixados, para aproveitar o cenário de juros elevados;
    • 25% em títulos atrelados à inflação, pensando em proteção contra a alta dos preços;
    • 5% em títulos prefixados, para capturar prêmios adicionais no médio e longo prazo.

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