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Itaú: Selic vai subir 0,25 ponto agora em setembro e fechar 2024 em 11,75%
Empresas citadas na reportagem:
O Itaú Unibanco subiu de 10,50% para 11,75% a projeção da taxa Selic no fim de 2024. Dessa forma, o banco indica em relatório que a primeira alta dos juros, de 0,25 ponto percentual, será já nesta reunião de setembro do Copom.
“O Copom volta a se reunir após semanas de intensa volatilidade e com fundamentos que justificam o início de um ciclo de alta de juros. O real seguiu pressionado, próximo das máximas recentes, refletindo os ruídos na comunicação do Banco Central. Assim como as contínuas incertezas sobre os rumos das contas públicas”, anota Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú e colunista da Inteligência Financeira.
“Além disso, os dados mais recentes de atividade indicam que a economia se encontra mais aquecida do que o BC esperava na última reunião. E as expectativas de inflação seguem desancoradas”, acrescenta Mesquita no texto.
Selic em 12% no começo de 2025
Então, para a instituição, o novo ciclo de alta da Selic, a princípio, não deve ser grande.
Assim, o Itaú projeta um aperto acumulado de 150 pontos, o que levará a taxa de juros a 12% no começo de 2025.
“Simulando o modelo utilizado pelo Copom, com o câmbio em R$ 5,60 e considerando a deterioração de expectativas 12 meses à frente desde a última reunião. Além de alguma revisão do hiato do produto – que não deve ser grande, dados os sinais ainda incipientes do contágio da atividade mais forte para a inflação de serviços. Encontramos uma projeção de inflação no horizonte relevante acima da meta, em 3,4%”, detalha Maria Mesquita.
“Com tal projeção, estimamos que a taxa de juros necessária para trazer o IPCA de volta à meta seria de pelo menos 12,00%. Projetamos Selic de 11,75% no final de 2024, começando ao ritmo de 25 p.p. em setembro, seguido por duas altas de 50 p.p. ainda esse ano e uma alta final de 25 p.p. na primeira reunião do ano que vem”, aponta o economista-chefe.
Quando juros vão voltar a cair?
Já para o decorrer de 2025, o Itaú avalia que o cenário deve permitir uma retomada do relaxamento monetário. Em suma, o banco estima a Selic em 11% no encerramento do ano.
“A manutenção dos juros em patamar contracionista ao longo do 1º semestre de 2025 deve resultar numa desaceleração da atividade econômica. Além de alguma apreciação da taxa de câmbio, permitindo cortes de juros a partir da segunda metade do ano, quando o horizonte relevante para a política monetária já será o final de 2026”, completa Mario Mesquita.
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