Como o Itaú vê o cenário para a renda fixa após Selic ir a 13,75% ao ano

Banco avalia que a discussão mais importante agora é quando haverá espaço para corte dos juros

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O novo aumento da Selic, para 13,75% ao ano, deve continuar favorecendo a procura por investimentos de renda fixa, já que os rendimentos dos ativos tendem a ficar ainda mais atrativos. No comunicado da decisão, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deixou no radar a possibilidade de a taxa básica de juros da economia brasileira ter uma elevação adicional, podendo ir a 14% ao ano na reunião programada para setembro.

Para a área de estratégia de investimentos do Itaú Unibanco, será menos importante a partir de agora discutir se o ponto de parada da Selic será 13,75% ou 14% ao ano. “Será mais relevante para o mercado analisar o cenário nos próximos meses para definir se o quadro apontará para um período mais prolongado de juros estáveis, ou se a discussão acerca de uma desaceleração econômica global mais intensa vai ganhar força, abrindo espaço para juros menores em um futuro não tão distante”, avaliam os analistas do banco. “Este diagnóstico é o que irá guiar o rumo das taxas médias e longas no Brasil pelos próximos meses”, acrescentam.

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Em termos de estratégia, os especialistas do Itaú reforçam a opinião de que a renda fixa oferece boas oportunidades no momento. “As taxas atuais ainda garantem um juro elevado por muitos anos à frente. Acreditamos que, à medida que a inflação mostrar sinais mais favoráveis, a Selic voltará a ser reduzida, beneficiando as carteiras de renda fixa no médio prazo”, apontam.

“Com isso, recomendamos que mesmo investidores com perfil conservador passem a seguir a mesma receita indicada para moderados e arrojados: aumentar gradualmente a parcela de títulos prefixados ou indexados à inflação (preferencialmente com vencimentos médios e longos) em suas carteiras, sempre alinhados aos seus respectivos perfis de risco”, destacam.

Para quem projeta uma tomada maior de riscos nos próximos meses, os estrategistas do Itaú consideram que “a sinalização de que o ciclo de aperto monetário se aproxima de seu fim é positiva para a bolsa brasileira”.

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