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Credit Suisse eleva projeção para a Selic de 12,25% para 12,75% ao ano
O resultado do IPCA-15 de fevereiro indica um cenário “muito mais desafiador” para o Banco Central e, diante da postura agressiva que a autoridade monetária tem adotado em relação ao balanço de riscos assimétrico para a inflação, o ciclo de aperto monetário deve ser ainda mais longo do que o esperado anteriormente. A avaliação é dos economistas do Credit Suisse, que elevaram a projeção para a Selic de 12,25% para 12,75%, em um ciclo que deve se estender até junho.
“De modo geral, o IPCA-15 de hoje continua mostrando uma dinâmica bastante preocupante para a inflação no país. Além da inflação cheia muito acima do esperado, a composição é desfavorável, já que os preços industriais e de serviços estão pressionados”, notam os economistas Solange Srour e Lucas Vilela. Eles observam, ainda, que os núcleos de inflação continuam a acelerar. Na projeção do Credit Suisse, o IPCA deve terminar este ano em 6,2%, bem acima do teto da meta (5%).
Em termos de política monetária, os economistas do Credit justificam o aumento na expectativa para a Selic diante do resultado mais desafiador que se desenha para o BC. Srour e Vilela lembram que, na reunião do Copom do início deste mês, o colegiado apresentou projeção de 5,4% para o IPCA deste ano e de 3,2% para a inflação de 2023. Além disso, “a recente postura agressiva do Banco Central de que o balanço de riscos poderia elevar os juros acima do cenário de referência para levar a inflação em direção à meta” também foi citada pelos profissionais.
O Credit Suisse espera que o Copom eleve o juro básico em 1 ponto percentual em março e que promova dois aumentos de 0,5 ponto, onde um ocorreria em maio e o outro, em junho. Assim, a Selic encerraria o atual ciclo de aperto monetário em 12,75%.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico
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