Ata do Copom: preocupação maior foi indicar que ciclo de alta da Selic não está encerrado
A ata do Copom, divulgada nesta terça-feira (25) pelo Banco Central (BC), confirma que o próximo aumento da Selic será de menor magnitude. O documento registra que, na discussão sobre a condução da política monetária, o colegiado se preocupou em indicar primeiro que o ciclo de alta dos juros não estava encerrado.
“O Comitê, em sua comunicação, optou por conjugar três sinalizações sobre a condução de política monetária, caso se confirme o cenário esperado. Primeiramente, julgou que, em função do cenário adverso para a dinâmica da inflação, era apropriado indicar que o ciclo não está encerrado.”
“Em segundo lugar, em função das defasagens inerentes ao ciclo monetário em curso, o Comitê também julgou apropriado comunicar que o próximo movimento seria de menor magnitude. Além disso, diante da elevada incerteza, optou-se por indicar apenas a direção do próximo movimento.”
Selic a 14,25% ao ano: o que vem depois?
Ao subir a taxa básica de 13,25% para 14,25%, o Copom apontou que o cenário se desenrolou de tal maneira que a indicação anterior de elevação de 1 ponto percentual se mostrava a decisão apropriada.
“Julgou-se que o aperto monetário era requerido para a convergência da inflação à meta em um cenário marcado por expectativas desancoradas, projeções elevadas de inflação e resiliência na atividade.”
Sem indicar qual será a magnitude do próximo aperto monetário, a ata do Copom também deixa sem resposta o que pode acontecer depois do encontro de maio.
“Para além da próxima reunião, a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação.”
“Em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”
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