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Citi eleva projeção para Selic no fim do ciclo a 13,25% e espera aceleração do ritmo de aperto
O Citi revisou as suas projeções para a taxa Selic e agora espera uma aceleração do ritmo e um prolongamento do ciclo de aperto monetário do Copom.
Em relatório publicado nesta terça-feira, os economistas Leonardo Porto, Paulo Lopes e Thais Ortega afirmam que um quadro inflacionário desafiador levará o colegiado a aumentar a Selic em 0,75 ponto percentual nas reuniões de dezembro e janeiro.
Bem como um ajuste final de 0,5 ponto em março do ano que vem, conduzindo os juros básicos ao patamar de 13,25% no fim do ciclo.
“A combinação da persistente desvalorização da moeda, o processo constante de desancoragem das expectativas de inflação, o crescimento econômico robusto e acima do potencial e a limitada folga no mercado de trabalho significam uma perspectiva de inflação bastante desafiadora”, dizem os economistas.
Eles ainda projetam que o Copom manterá a Selic em 13,25% até o fim de 2025, com cortes de juros sendo postergados para 2026.
Piora da inflação
Junto das projeções para a política monetária, os economistas do Citi aumentaram suas previsões para o IPCA, e agora esperam uma inflação de 4,3% ao fim de 2025 (de 3,8% anteriormente) e 3,7% em 2026 (de 3,5%).
“É importante ressaltar que nossas projeções de inflação estão condicionadas a uma reação oportuna e mais aguda do Banco Central no curto prazo, o que mitigaria os impactos da recente depreciação cambial sobre a dinâmica da inflação, especialmente até o 1° trimestre de 2025”, ponderam Porto, Lopes e Ortega.
Os economistas ainda afirmam que as projeções para a taxa Selic levam em conta um corte de gastos do governo que impacte a política monetária por meio da taxa de câmbio, das expectativas de inflação e da estimativa de hiato do produto.
Caso o efeito do pacote a ser anunciado seja diferente do esperado, as projeções do Citi sofrerão novo ajuste, afirmam.
Com informações do Valor Econômico
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