Recuperação judicial cresce 71% no primeiro semestre e bate recorde, aponta levantamento

O Brasil registrou 1014 pedidos de recuperação judicial entre janeiro e junho deste ano. Trata-se de uma expressiva alta – de 71% – em relação ao mesmo período do ano passado. A informação é da Serasa Experian e foi divulgada nesta quinta-feira (25).

Assim, o dado compilado pelo Indicador de Falência e Recuperação Judicial mostra ainda que trata-se do número mais elevado de recuperações judiciais para o período desde o início da série histórica. Ou seja, desde 2005.

Recuperação judicial: movimento esperado

Então, em material com a divulgação da informação, o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, comentou que essa expansão era esperada. E reflexo dos obstáculos enfrentados pelas empresas. Para ele, a existência de 6,9 milhões de CNPJs com débito em maio é um indicativo de que os pedidos d recuperação judicial podem aumentar.

Confira a seguir uma tabela com os pedidos de recuperação judicial conforme o acumulado dos primeiros semestres desde 2014.

Pedidos por tamanho de empresa

Ainda de acordo com o levantamento, as micro e pequenas empresas foram as que mais demandaram pedidos. Foram 713 no período. Em segundo lugar ficaram as companhias de porte médio. E na terceira posição, negócios de grandes empresas.

Assim, o estudo ainda mostra quais foram os setores mais afetados por pedidos de recuperação judicial. O segmento de serviços registrou ao todo 422 pedidos. Já o segmento de empresas do comércio ficou em segundo lugar com 277 pedidos. Fecham a lista a indústria (161 pedidos) e o setor primário (154 pedidos).

Por fim, a Serasa informa o seguinte a respeito da metodologia da pesquisa: a empresa faz o levantamento mensal das estatísticas de falências – requeridas e decretadas – e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente em fóruns, varas de falência, e dos Diários Oficiais e da Justiça dos Estados.

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