Preço-alvo da Natura (NTCO3) despenca de R$ 70 para R$ 18, avalia BTG
Possível abandono da operação global com foco na América Latina derruba projeções para as ações da empresa
O BTG Pactual cortou a recomendação de Natura &Co (NTCO3) de compra para neutro e o preço-alvo de R$ 70 para R$ 18, potencial de alta de 6,13% sobre o fechamento de ontem. Há pouco, as ações tinham queda de 6,49%, cotadas em R$ 15,86.
Os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Victor Rogatis escrevem que os esforços que a companhia vem fazendo para se reestruturar são bem-vindos e podem destravar valor nas ações, mas as incertezas macroeconômicas reduzem a visibilidade.
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“Em termos de fundamentos, o curto prazo deve permanecer desafiador, com margens sob pressão e fraqueza nas receitas, enquanto os juros altos e a alavancagem elevada oferecem pouco espaço para melhora no lucro”, escrevem.
Por conta desse cenário, o banco reduziu estimativas da empresa para os próximos anos, com as projeções de receita caindo 14%, na média, enquanto as do resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foram reduzida em 21%.
Fusão com a Avon na América Latina
O site Reset afirmou, nesta terça-feira (13), que o conselho de administração da Natura &Co (NTCO3) começará a se reunir na próxima quarta (14) para discutir um processo de reestruturação da empresa.
A mudança mais relevante deve ser uma fusão das operações da Natura e da Avon (AVON34) na América Latina em uma única empresa, sob o comando do executivo João Paulo Ferreira.
As ações da Natura chegaram a bater mais de R$ 60 em julho de 2021, mas despencaram ao longo do último ano.