- Home
- Mercado financeiro
- Política
- ‘Rússia pôs Europa a um passo de um desastre nuclear’, diz Zelensky
‘Rússia pôs Europa a um passo de um desastre nuclear’, diz Zelensky
A usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, esteve a ponto de sofrer um acidente radioativo nesta quinta-feira, informou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Segundo ele, um incidente mais grave foi evitado porque os técnicos agiram rápido para conectar o sistema de resfriamento dos reatores a geradores a diesel, após um princípio de incêndio num depósito das proximidades que desligou temporariamente a central atômica.
“Se os geradores a diesel não tivessem sido ligados rapidamente e se nossa equipe não tivesse reagido após o apagão, estaríamos agora sendo forçados a superar as consequências de um acidente de radiação”, disse Zelensky. “A Rússia colocou a Ucrânia e todos os europeus em uma situação a um passo de um desastre nuclear”, declarou.
A área da usina — a maior da Europa — está sob controle de forças russas, mas a central tem sido mantida em funcionamento por técnicos da Ucrânia. Autoridades ucranianas disseram que a interrupção do funcionamento de Zaporizhzhia foi causada por um bombardeio da Rússia, o que Moscou nega.
A paralisação repentina de uma usina nuclear pode causar, na pior das hipóteses, um colapso como os verificados em Chernobyl, Ucrânia ainda sob domínio soviético em 1986, ou em Fukushima, no Japão, em 2011. A manutenção do fornecimento de energia é crucial para o resfriamento dos reatores — cujo superaquecimento pode espalhar material radioativo.
A empresa nuclear estatal ucraniana Energoatom disse que, após a paralisação temporária, os reatores voltaram a funcionar e situação foi controlada.
A Casa Branca disse na quinta-feira que a Rússia deveria concordar com a desmilitarização de uma área em torno da usina nuclear.
Desde março, Rússia e Ucrânia se acusam mutuamente de bombardear o local, alimentando temores internacionais sobre a possibilidade de um desastre nuclear. Isso levou a pedidos de uma missão urgente da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ao local. Autoridades do órgão de vigilância nuclear da ONU estão “muito, muito perto” de poder visitar Zaporozhzhia, disse o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, nesta quinta-feira.
Leia a seguir