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Servidores do Judiciário vão acionar STF contra reajuste linear de 5%; pedido é de 19%
A Federação dos Trabalhadores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União (Fenajufe) vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o reajuste linear de 5% que o governo deve conceder a todo o funcionalismo.
A categoria já vem se reunindo com ministros da Corte desde que o presidente Jair Bolsonaro anunciou que corrigiria apenas os salários de profissionais da área de segurança pública, ligados à sua base de apoio.
Os servidores do Judiciário defendem uma recomposição de 19,99% em seus vencimentos, referentes às perdas inflacionárias sofridas pela categoria desde 2019. Eles tentam sensibilizar o Supremo a aderir ao pleito.
Para o diretor da Fenajufe, Thiago Duarte Gonçalves, o reajuste linear de 5% “aprofunda o processo de corrosão da renda da categoria, com o achatamento de salários” em momento de inflação dos gastos básicos.
Associação da PF faz críticas
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) emitiu nota em que se manifesta contra a decisão do governo de conceder um reajuste linear de 5% todo o funcionalismo público, a partir de julho.
A categoria fala em “total indignação e repúdio”, pois o presidente Jair Bolsonaro havia prometido usar R$ 1,7 bilhão para aumentar os subsídios apenas de servidores da área de segurança pública.
“Se a informação se confirmar, haverá uma quebra desleal do compromisso que será sentida ainda mais depois das diversas perdas sofridas pelos policiais federais durante este governo”, diz a nota.
A entidade diz que o governo Bolsonaro “não está reconhecendo o sacrifício” dos policiais federais, nem vem tomando qualquer “ação concreta de respeito” ao trabalho desses profissionais.
Entre as principais queixas da categoria estão a redução salarial devido ao aumento da contribuição com a previdência e o fato de seus familiares não terem assegurado o pagamento da pensão integral por morte.
“A Polícia Federal e os policiais federais precisam ser valorizados e a segurança pública tratada efetivamente como prioridade e não objeto de discursos vazios ou um slogan de campanha”, ressalta a nota.
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