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Luiz Inácio Lula da Silva é eleito para terceiro mandato como presidente do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito novamente neste domingo (30) presidente do Brasil, derrotando Jair Bolsonaro (PL), que está no cargo desde janeiro de 2019. É a primeira vez que o incumbente perde a reeleição desde a redemocratização do país.
Às 21h21, com 99,96% das urnas apuradas, Lula contava 60.322.870 votos, o correspondente a 50,83% dos válidos. Bolsonaro, com 58.196.065 (49,1% dos válidos), já não tinha chances matemáticas de vencer. O número de votos obtidos por Lula é o maior já conseguido por um candidato, mas a diferença para o perdedor é a mais estreita da história.
Após cumprir dois mandados consecutivos entre 2003 e 2010, Lula ocupará, a partir de 2023, o lugar de 39º presidente. Com 77 anos, é o mais velho político a se tornar chefe do Executivo – Michel Temer (MDB) tinha 75 anos quando assumiu no lugar de Dilma Rousseff (PT), que sofreu um impeachment em 2016.
O ex-metalúrgico e ex-líder sindical ganhou o atual pleito apoiado em uma ampla frente política de oposição a Bolsonaro, um representante da extrema-direita que chega ao final do seu governo desaprovado por 62% da população, segundo a mais recente pesquisa Datafolha.
A aliança de suporte a Lula foi encabeçada por Geraldo Alckmin (PSB), anunciado candidato a vice-presidente em abril, quatro meses depois de deixar o PSDB, partido que defendeu por 33 anos. Alckmin perdeu a eleição presidencial contra o petista em 2006.
A terceira colocada no primeiro turno deste ano, Simone Tebet (MDB), anunciou apoio à chapa em 5 de outubro, passados três dias do primeiro turno. Ciro Gomes (PDT) afirmou que seguiria a orientação de seu partido para votar no petista. Também anunciaram adesão à frente democrática Marina Silva (REDE), ex-ministra do Meio Ambiente dos primeiros mandatos de Lula que se tornou desafeta do PT, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), além de empresários e intelectuais de centro e famosos economistas liberais.
O presidente eleito fez questão de salientar essa união em seu primeiro discurso após o anúncio oficial do resultado. “Não é uma vitória minha ou do PT, mas de um imenso movimento democrático, que se formou acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais, das ideologias, para que a democracia saísse vencedora”, disse, cercado de aliados, em um palco montado em um hotel da região da avenida Paulista, em São Paulo capital.
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