Haddad: Nem o banco argentino nem o BB (BBAS3) estão envolvidos no risco

Papéis do banco estatal brasileiro tiveram queda na bolsa após anúncio de financiamento de exportações argentinas por cartas de crédito

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou há pouco que o Banco do Brasil não tomará risco ao financiar exportações à Argentina por cartas de crédito, visto que elas contarão com um fundo garantidor.

“Quando se faz anúncio, pessoas tomam decisões de compra e venda [de ações] com base em rumores”, disse Haddad sobre a imediata queda na cotação de ações do BB (BBAS3) na tarde desta segunda-feira, após a divulgação da notícia. No encontro com o presidente argentino Alberto Fernández, Lula anunciou o estudo para a criação de uma moeda comum entre Argentina e Brasil para transações e comércio exterior.

“Nós temos um fundo garantidor, que é um fundo soberano, que vai garantir as cartas de crédito das exportações. Nem o banco argentino nem o BB que estiverem garantindo exportador estão envolvidos no risco. Por isso, estamos acordando com a Argentina esse sistema de garantias que não envolve bancos e parte comercial”, complementou.

Haddad ressaltou que o Brasil não tem problema de divisas e, se o contrário não é verdadeiro, está sendo estabelecido um sistema de garantia entre os dois países.

“A carta de crédito que o BB emitir vai ser paga pelo fundo garantidor que o Brasil vai assumir”, enfatizou o ministro.

Risco no comércio com a Argentina

Do ponto de vista de risco, Haddad considera que será uma operação normal de importação e exportação.

“O que está sendo assumido no fundo garantidor da operação é o risco de conversibilidade do peso em real”, justificou. “O risco não está sendo assumido pelo Banco do Brasil”.

Haddad falou em entrevista coletiva de imprensa ao lado do ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa.

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