Haddad sobre BC: Ata do Copom veio melhor do que o comunicado, ‘mais amigável’

Ata foi considerada pelo ministro da Fazenda como mais 'extensa e analítica' sobre trabalho da pasta; Lula vem criticando BC e seu presidente

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em discurso.  Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em discurso. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) veio “melhor do que o comunicado” e “mais amigável”.

“Hoje teve a ata do Copom. A ata veio melhor do que o comunicado, mais extensa e analítica, colocando pontos importantes sobre o trabalho do Ministério da Fazenda. É uma ata mais amigável em relação aos próximos passos”, disse. “Considero que a ata é melhor que o comunicado”, repetiu.

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Na segunda-feira, Haddad adotou um tom mais brando do que Lula para criticar o BC. O presidente vem criticando a independência da autoridade e chegou a chamar o presidente do BC de “esse sujeito” em entrevista.

“Nosso compromisso é com o equilíbrio das contas. Nesse particular, a nota poderia ser mais generosa com as medidas que nós já tomamos”, disse o ministro da Fazenda, se referindo ao comunicado do BC da última semana.

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Meta de inflação

Sobre a discussão sobre a mudança das metas de inflação, o ministro disse que a reunião da do Conselho Monetário Nacional (CMN) da próxima semana “ainda não está com a pauta definida”. “Tive uma primeira conversa com a ministra do Planejamento e isso vai ser discutido pelo governo para adotar os próximos passos”, afirmou.

Sobre o pacote fiscal anunciado pelo governo, Haddad pontuou que “as medidas anunciadas estão em curso”. “Na semana passada tivemos uma vitória até surpreendente no Supremo Tribunal Federal [STF]. O julgamento ainda não terminou, mas já temos 6 x 0 no placar em relação à coisa julgada, isso é um recado importante para os recados sobre o Carf”, destacou.

Lula e as críticas ao BC e seu presidente

As falas de Haddad vem em momento conturbado na relação do Poder Executivo com o Banco Central. Lula vem criticando a atuação da autoridade monetária, responsável pela manutenção da taxa de juros a 13,75% ao ano, e de seu presidente, Roberto Campos Neto.

O presidente chegou a criticar a manutenção da Selic. Durante a posse de Aloizio Mercadante como presidente do BNDES, Lula disse que “não tem explicação para a taxa de juros a 13,5% [que na verdade está a 13,75%]”. Para o petista, o banco de desenvolvimento pode ajudar a baixar a taxa básica definida pelo BC.

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