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Eurasia: atentado contra Trump aumenta seu favoritismo em eleição nos EUA
O presidente da consultoria de riscos Eurasia Group, Ian Bremmer, afirmou que o atentado contra o ex-presidente Donald Trump “torna mais provável que ele vença a eleição presidencial nos Estados Unidos neste ano.
Trump levou um tiro na orelha em uma tentativa de assassinato durante um comício de campanha no sábado.
O analista destacou que os EUA são atualmente boa parte da população “não acredita que a sua democracia está saudável ou particularmente funcional”.
“Estou profundamente preocupado que [o atentado] preceda mais violência política e instabilidade social”, disse.
“É o tipo de evento que vimos historicamente em muitos países que enfrentavam instabilidade e que frequentemente não acaba bem.”
De acordo com ele, “devemos estar preparados para mais violência, em todo o espectro político”.
Alguns dos motivos, segundo o analista, são a grande quantidade de armas em circulação nos Estados Unidos e as teorias da conspiração disseminadas em redes sociais.
Além disso, “a disposição de alguns [atores] para usar a violência política” é “talvez a maior desde a Guerra Civil” americana.
Ele também mencionou “atores externos”, como Rússia, China, Irã, Coreia do Norte “e outros interessados na divisão dos Estados Unidos”.
Instituições do dos EUA estão atacadas
Bremmer destacou que as instituições americanas são “resilientes”, mas que elas têm ficado “sob pressão” e estão “sendo erodidas e atacadas”.
A respeito da campanha presidencial, o presidente da Eurasia afirmou que a imagem de Trump com sangue no rosto e o punho erguido é “icônica”.
“Suspeito que essa imagem será muito, muito importante para o resto dessa campanha”, afirmou.
Para Bremmer, “a séria vulnerabilidade” da imagem do presidente americano Joe Biden contrasta com a imagem de Trump depois do atentado, que projetaria “força”.
“Imagino [que a imagem do ex-presidente] vá ocupar todas as manchetes”, disse, destacando também o efeito motivacional que a própria imagem terá sobre os apoiadores de Trump.
O analista ainda defendeu a importância de o Congresso americano “idealmente” repudiar em uma sessão de maneira conjunta o atentado, com os parlamentares dos partidos Republicano e Democrata.
“[Mas] tenho grandes suspeitas de que isso não vai acontecer”, disse.
Com informações do Valor Econômico
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