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Em evento a empresários, Paulo Guedes faz campanha e diz que Meirelles não é ‘nem economista’
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de um encontro com empresários mineiros da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), em Belo Horizonte, para falar do cenário econômico. Ele aproveitou o momento para fazer campanha pela reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e criticar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro também criticou Henrique Meirelles, apoiador de Lula e ministro da Fazenda no governo de Michel Temer (MDB) responsável pela criação do teto de gastos. Meirelles é cotado para assumir a Economia caso Lula seja eleito no próximo domingo.
“Fomos criticados por eles por furar o teto de gastos. Ele fez um teto e fica reclamando ‘estão furando meu teto’. Agora, já anunciou que vai furar no primeiro ano de governo. Nós furamos o teto porque foi muito mal construído. Meirelles nem economista é”, alfinetou Guedes, chegando a tentar imitar a dicção de Meirelles, que segundo ele gosta de falar de modo “empolado”.
Apesar da longa carreira no setor financeiro e na administração pública relacionada à gestão econômica, Meirelles é formado em engenharia civil — título bastante comum entre executivos do mercado financeiro — pela Universidade de São Paulo (USP) com MBA pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead).
Já Guedes é formado em economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com doutorado pela Universidade de Chicago. Apesar de estar apoiando a candidatura de Lula e de ter dirigido o Banco Central durante os dois mandatos do petista na Presidência da República, não há nenhuma confirmação oficial de que Meirelles terá cargo num novo governo do PT.
Socorro à Minas
Guedes também disse que foi a Minas Gerais para pedir votos para Bolsonaro no segundo turno. Com dois dedos levantados em cada mão, fazendo menção ao número da legenda do presidente, Guedes disse: “Minas Gerais é que tem que fazer a diferença. Estou vindo aqui para pedir socorro para a turma”, afirmou Guedes.
O ministro começou a apresentação dizendo para os ouvintes não acreditarem em “fake news’, porque todo dia, segundo ele, a oposição divulga uma. Guedes voltou a negar que o governo estude deixar de reajustar o salário mínimo e pensões pelo menos pela inflação, ou que avalie cortar os desconto de saúde e educação no Imposto de Renda.
“Estão querendo roubar a tranquilidade das famílias”, acusou. “Toda arca de Noé tem um pica-pau, tá cheio de pica-pau (sic) querendo nos sabotar”, acrescentou, ignorando que tais notícias podem ter partido de dentro do próprio governo, que já defendeu essas medidas de contenção anteriormente ao início da campanha pela reeleição.
Guedes participou de um encontro promovido por 12 entidades empresariais (Fiemg, Ciemg, ACMinas, CDL, Faemg, Fecomércio MG, FCDL, Federaminas, Fetcemg, Sistema Ocemg, Sicoob CrediFiemg, Sicoob CrediMinas).
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