Elena Landau, economista de Simone Tebet, declara voto a Lula

Economista cita que "não seria uma combinação saudável" eleger Bolsonaro em face dos eleitos ao Congresso Nacional

A economista Elena Landau, chefe da equipe econômica de Simone Tebet (MDB), declarou na tarde desta sexta-feira (7) o voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Bolsonaro no segundo turno das eleições.

“Meu voto é contra a reeleição de Bolsonaro. Após ver o Congresso Nacional que foi eleito no domingo, é preciso dar um freio a Bolsonaro. É um Congresso conservador e de direita. Com Bolsonaro, essa combinação não é saudável”, disse Landau ao jornal O Globo.

Nesta semana, diversos economistas considerados liberais a favor de um manejo mais “responsável” da economia declararam voto em Lula. Dentre eles estão os pais do Plano Real, Persio Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha. André Lara Resende, economista que também fez parte da criação do plano durante o governo Fernando Henrique, apoiou Lula já durante o primeiro turno. Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, também se pronunciou a favor do petista em detrimento do adversário.

Landau citou que Lula “é a opção que temos no momento” contra Bolsonaro. Outra questão que levou a economista a declarar voto no petista foi a imagem do Brasil ao exterior quanto ao meio ambiente.

“Brasil não sobrevive a mais quatro anos de destruição ambiental dessa maneira”, afirma Landau. “O Brasil não pode ser um pária no mundo, sem receber investimento. Com o risco de o mercado lá fora não colocar o país no radar”, pontuou.

Ela trabalhou como secretária de desestatização no governo Fernando Henrique. Quando perguntada sobre a imagem de Simone Tebet após as eleições, Landau diz que a candidata do MDB saiu fortalecida, “deixando uma semente para 2026”.

Por fim, Landau esclareceu que Lula precisaria fazer um governo de coalização, usando o discurso de conciliação, para driblar o Congresso de maioria conservadora e de direita. Com os resultados do primeiro turno, o PL, partido do presidente, ganhou o status de maior bancada no Senado e na Câmara dos Deputados.

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