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XP sobe PIB de 2024 para 3,1% e vê chance maior de Haddad cumprir arcabouço fiscal
O desempenho acima do esperado da economia no segundo trimestre, amparado pelo consumo das famílias e recuperação dos investimentos, deve significar uma desaceleração menor que a prevista no segundo semestre, avalia a XP. Em sua atualização mensal de cenário, a corretora elevou a projeção do PIB para o ano de 2024 de 2,7% para 3,1%. Bem como vê agora maiores chances de a meta de primário do arcabouço fiscal ser cumprida.
“Acreditamos que o PIB permanecerá em território positivo no segundo semestre. Embora a um ritmo mais moderado em relação à primeira metade do ano. Por ora, prevemos elevação de 0,5% no 3º trimestre contra o 2º trimestre de 2024 (3,7% frente ao 3º trimestre de 2023)”, escreve o economista Rodolfo Margato.
Ele também elevou de 1,6% para 1,8% a projeção para expansão da economia em 2025. Citando um maior carrego estatístico e também dinâmica positiva do consumo.
Por outro lado, nota que a política monetária mais contracionista e preços em queda das commodities podem atuar na direção oposta.
Arcabouço fiscal vai ser cumprido?
Ao mesmo tempo, a XP também reduziu de 0,4% para 0,3% a projeção para o déficit primário este ano. Já perto do piso do intervalo para a meta prevista no arcabouço, de 0,25%.
Assim, apesar da alta do déficit primário em julho, a corretora acredita que a compensação da desoneração da folha em discussão pode ter impacto positivo sobre a dinâmica. Com impacto potencial de trazer até R$ 25,5 bilhões este ano.
“Consideramos alta a probabilidade de o déficit primário ficar dentro do intervalo que contém a meta. Com a inclusão das medidas de compensação da folha de pagamentos, nossa projeção de déficit primário total se reduziu de R$ 78,2 bilhões (0,7% do PIB) para R$ 6,7 bilhões (0,5% do PIB)”, escreve o responsável pela área, Tiago Sbardelotto.
E complementa: “Excluindo-se os R$ 33,0 bilhões referentes ao auxílio ao Rio Grande do Sul, o déficit esperado recuou de R$ 47,6 bilhões (0,4% do PIB) para R$ 32,5 bilhões (0,3% do PIB). Valor apenas R$ 3,7 bilhões abaixo do limite inferior da meta.”
“Portanto, com um pequeno contingenciamento adicional, é possível ao governo atingir a meta de resultado primário, o que torna este cenário altamente provável.”
Com informações do Valor Econômico
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