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Descubra quanto cada passageiro pagou para voar com a Azul (AZUL4) no 1º trimestre de 2024
Empresas citadas na reportagem:
A companhia aérea Azul (AZUL4) registrou no primeiro trimestre deste ano um prejuízo líquido de R$ 1,05 bilhão, alta de 43% nas perdas contra o prejuízo líquido de R$ 736,6 milhões de igual período do ano anterior. O salto reflete despesas monetárias e cambiais.
Ajustado por não recorrentes, a empresa registrou uma queda de 55% nas suas perdas no trimestre, para um prejuízo de R$ 324,2 milhões.
Amparado por uma boa demanda por transporte aéreo, o grupo registrou no trimestre uma receita de R$ 4,68 bilhões, alta de 4,5% contra um ano antes e recorde para o período.
Apenas com transporte de passageiros, a receita saltou 4,5%, para R$ 4,36 bilhões.
Passagem aérea mais cara
O preço da tarifa ajudou a companhia. O indicador que mede o preço médio pago pelo passageiro para voar um quilômetro atingiu R$ 0,498, um recorde para um primeiro trimestre e 2,8% maior do que em igual período do ano passado.
Já em volume, foram transportados 7,2 milhões de passageiros no trimestre, alta de 2,1% na comparação anual.
O Ebitda atingiu um recorde para um primeiro trimestre, aumentando 37% no ano para R$ 1,4 bilhão, com uma margem de 30,3%.
O resultado financeiro que pesou nos números ficou negativo em R$ 1,9 bilhões, salto de 146% nas perdas.
Pressão do dólar
Apenas com variações monetárias e cambiais a empresa teve uma perda líquida de R$ 847,3 milhões no trimestre contra um ganho de R$ 551,5 milhões um ano antes.
Devido à depreciação de 1,6% do real brasileiro em relação ao dólar americano no final do período, resultando em um aumento nos passivos de arrendamento e empréstimos denominados em moeda estrangeira.
Ao fim do trimestre, a dívida líquida da empresa era de R$ 20,87 bilhões, alta de 7,7% na comparação com o período imediatamente anterior e de 9,9% na comparação anual.
O endividamento (dívida líquida sobre o Ebitda) ficou em 3,7 vezes, queda de 1,4 ponto contra igual trimestre do ano anterior.
Em carta que acompanha as demonstrações financeiras, o diretor-executivo, John Rodgerson, disse que a Azul encerrou o trimestre com uma “sólida posição de liquidez” de R$ 2,7 bilhões, representando 14% de receita dos últimos doze meses.
AZUL4 no 1T2024
A Azul conseguiu manter uma curva favorável para a sua tarifa aérea no início deste ano. O indicador do preço pago pelo passageiro para voar um quilômetro foi recorde para um primeiro trimestre de R$ 0,498, alta de 2,8% na comparação com igual período de 2023.
Sendo que a tarifa média no trimestre foi de R$ 604,4, alta de 2,3%.
O indicador de passageiros pagantes transportados em um quilômetro subiu 1,7%. Apenas no doméstico, o salto foi de 4,8%. No lado internacional, entretanto, o indicador caiu 9,6%.
Já a oferta de assentos saltou 2,6%. No doméstico, a oferta saltou 6%, mas no internacional ela caiu 10,3%.
A empresa diz que a queda no lado internacional é temporária e reflete uma transição na frota de aeronaves de corredor duplo, usadas em voos de longa distância.
O custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos no trimestre foi de R$ 0,350, queda de 5,9% ante um menor preço para o combustível.
Já excluindo os combustíveis, o custo foi de R$ 0,228, alta de 5,1%.
A receita de passageiros dividida pelo total de assentos-quilômetro disponíveis no trimestre foi de R$ 0,393, alta de 1,9%.
Já a receita operacional dividida pelo total de assentos-quilômetro oferecidos foi de R$ 0,422, alta de 1,8%.
A taxa de ocupação das aeronaves ficou em 78,9%, queda de 0,7 ponto percentual.
Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico
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