Vibra inicia venda de combustível sustentável de aviação no Brasil

O biocombustível, importado, já está disponível na base localizada no aeroporto Tom Jobim no Rio de Janeiro

Empresas citadas na reportagem:

A distribuidora de combustíveis Vibra anunciou nesta terça-feira, 25, que passou a oferecer no Brasil o combustível de aviação sustentável (chamado de SAF, na sigla em inglês).

O biocombustível, importado, já está disponível na base localizada no aeroporto Tom Jobim (GIG), no Rio de Janeiro.

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    Com a importação, a Vibra vai ser a primeira empresa a oferecer o combustível sustentável em solo brasileiro.

    O SAF é uma das principais apostas do setor aéreo para conseguir reduzir suas emissões de CO2. O Brasil é apontado como um dos atores globais que podem vir a produzir o SAF no futuro diante da sua “expertise” com o etanol, mas até hoje não há produção de SAF por aqui.

    Base no Galeão recebeu certificação de rastreamento de sustentabilidade

    A base no terminal Galeão recentemente recebeu a certificação ISCC (International Sustainability & Carbon Certification), que garante o rastreio da sustentabilidade de toda a cadeia de fornecimento do produto, da matéria-prima, passando pela produção na biorrefinaria até a distribuição via base do aeroporto, por meio da BR Aviation, unidade de negócios da Vibra para serviços de abastecimento de aeronaves.

    O SAF é produzido a partir de fontes renováveis e reduz cerca de 80% as emissões de gases de efeito estufa em comparação ao combustível de aviação convencional.

    Em janeiro deste ano, 23 isotanques (contêineres tanque) com cerca de 550 mil litros de SAF, partiram do porto de Antuérpia, na Bélgica, com destino ao Rio de Janeiro.

    Combustível é produzido a partir de óleo de cozinha usado

    O produto disponibilizado pela Vibra foi produzido a partir de óleo de cozinha usado (UCO – Used Cooking Oil), uma das matérias-primas de menor intensidade de carbono, já que se trata de um resíduo.

    A mistura do SAF ao combustível de aviação convencional será inicialmente na proporção de 10% de SAF e 90% de combustível fóssil.

    Posteriormente, percentuais maiores de misturas podem ser feitas, até o limite de 50%, conforme atualmente permitido pelas normas internacionais.

    “Estamos preparados para ampliar a oferta de SAF no mercado brasileiro, utilizando nossa infraestrutura em mais de 90 aeroportos e nossa ‘expertise’ para entregar soluções seguras e competitivas”, disse Marcelo Bragança, vice-presidente executivo de operações da Vibra, em nota.

    Produção de SAF em 2024 chegou a quase 2 bilhões de litros

    A produção global de combustível sustentável de aviação (chamado de SAF, em inglês) ficou próxima de 1,9 bilhão de litros em 2024, segundo projeções da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). O número representa três vezes mais do que foi produzido em 2023.

    O combustível é peça central para a redução de emissão do setor aéreo, que tem meta de chegar até 2050 com emissão líquida zero de carbono.

    O total em 2024, entretanto, representou apenas 0,53% da demanda de combustível da indústria no ano, o que evidencia o desafio do setor de atrair investimentos e políticas públicas que incentivem sua produção.

    Um dos desafios da indústria hoje, para além da baixa disponibilidade, é seu elevado preço. O SAF, a depender da região, pode superar em mais de cinco vezes o preço do combustível tradicional de aviação. A Vibra não deu detalhes sobre o preço da comercialização de SAF por aqui.

    O combustível hoje representa cerca de 30% do custo operacional de uma aérea globalmente — no Brasil, esse percentual chega a 40%.

    *Com informações do Valor Econômico

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