Operação da Starlink no Brasil ameaça as empresas de telecomunicações da bolsa?

Provedora de internet via satélite de Elon Musk cresce em ritmo acelerado e já adiciona mais clientes que operadoras tradicionais negociadas na B3

Relatório do BTG Pactual destaca que a Starlink tem apresentado crescimento acelerado no Brasil. A provedora de internet via satélite desenvolvida pela SpaceX, de Elon Musk, iniciou as operações por aqui no começo de 2022.

Desde então, a empresa já se tornou líder de mercado, com 314 mil clientes no segmento de satélite. O dado representa uma participação de 57%. Em contrapartida, seus principais concorrentes, Hughes e Viasat, ou perderam ou mantiveram suas bases.

Apesar de ainda ser uma operação relativamente pequena, detalha o BTG, as adições de clientes da Starlink em 2024 (até novembro) chegaram a 181 mil. O volume no período superou três empresas de telecomunicações negociadas na bolsa de valores.

Nesse sentido, a Brisanet (BRST3) acrescentou 137 mil. Enquanto que a Desktop (DESK3) adicionou 109 mil. E a Unifique (FIQE3) aumentou em 68 mil.

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    Para o BTG Pactual, a tecnologia de satélites na órbita terrestre baixa “definitivamente não representa uma ameaça” para as soluções de fibra óptica (FTTH).

    No relatório, o banco reconhece que a Starlink oferece uma gama relevante de serviços. Desde conexões residenciais até corporativas e até mesmo “em movimento” (por exemplo, em barcos ou carros).

    Porém, a internet de Elon Musk tem desvantagem quando o foco são os planos residenciais.

    “Quando comparamos esses planos com os das grandes operadoras tradicionais e outros provedores de internet, a Starlink ainda é significativamente mais cara”, afirma o BTG.

    “Os preços dos planos residenciais da Starlink permanecem inalterados desde fev/24, com um custo final (incluindo impostos) de R$ 239/mês. O dobro do valor da oferta da Vivo (R$ 120/mês), que ainda oferece velocidades muito superiores (100 Mbps da Starlink vs. 500 Mbps da Vivo).

    Embora os preços dos serviços tenham se mantido, o BTG menciona que a Starlink reduziu agressivamente os preços dos equipamentos. Isso visando diminuir a barreira de entrada, já que os clientes precisam arcar com o custo do hardware instalado em suas casas.

    Para quem reside em São Paulo, detalha o BTG, o preço do equipamento antes dos impostos caiu para R$ 1,4 mil (vs. R$ 2 mil no ano anterior). Fora de São Paulo, os preços são ainda mais baixos, com ofertas a partir de R$ 1 mil.

    “Os impostos também caíram consideravelmente em relação ao ano passado. Atualmente, os clientes pagam entre R$ 344 (fora de SP) e R$ 837 (em SP), comparado a R$ 1,2 mil no ano anterior. Em alguns casos, há até ofertas sem impostos”, diz o BTG.

    “Mesmo com a redução dos custos dos equipamentos, os valores ainda variam entre R$ 1,4 mil e R$ 2,2 mil. Enquanto provedores tradicionais de fibra não cobram pelos equipamentos instalados na residência do cliente”, completa o relatório do banco.

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