Em luta para se manter na liderança em inteligência artificial, Google enfrenta Microsoft e OpenAI

Microsoft e Google anunciam novos modelos de IA com foco em raciocínio, intensificando a competição no mercado de softwares de produtividade. As ações das empresas reagem à disputa

A Microsoft e a controladora do Google, Alphabet, estão se enfrentando no campo da inteligência artificial. A mais recente arena é a adição de mais capacidades de raciocínio aos seus modelos de IA, à medida em que buscam justificar assinaturas mais caras para suítes de software de produtividade.

A Microsoft anunciou que lançará dois “agentes de raciocínio pioneiros”, chamados Researcher e Analyst, para os clientes de seu programa Microsoft 365 Copilot.

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    Agentes de IA são programas que têm a capacidade de seguir instruções simples e concluir tarefas de múltiplos passos.

    “Eles analisam grandes quantidades de informações com acesso seguro e em conformidade aos seus dados de trabalho — seus e-mails, reuniões, arquivos, chats e mais — e a web, para fornecer ‘expertise’ altamente qualificada sob demanda”, escreveu Jared Spataro, diretor de marketing de IA da Microsoft, em um post de blog.

    Acesso a agentes de AI da Microsoft começa em abril

    O acesso aos agentes começará em abril. A Microsoft observou que isso faz parte de um novo programa para dar aos clientes acesso antecipado a novos recursos do Copilot enquanto ainda estão em desenvolvimento.

    O Copilot está disponível para clientes empresariais como um adicional de US$ 30 por mês às assinaturas do Microsoft 365.

    As ações da Microsoft caíam 0,5% na quarta-feira (26), para US$ 393,39.

    Concorrência é feroz entre os provedores de IA

    A movimentação destaca a feroz concorrência entre os provedores de IA que buscam convencer os usuários a pagar pelo acesso a modelos melhores e justificar o investimento em infraestrutura de IA.

    Modelos de raciocínio utilizam até cem vezes mais capacidade de computação do que os modelos de IA anteriores, segundo o diretor-presidente da Nvidia, Jensen Huang.

    No mesmo dia do lançamento da Microsoft, o Google anunciou que lançou seu próprio modelo de IA atualizado, chamado Gemini 2.5, também integrando mais habilidades de raciocínio.

    A empresa disse que, em uma variedade de “benchmarks” [referências], superou modelos de IA da OpenAI (apoiada pela Microsoft), da xAI de Elon Musk e da DeepSeek da China.

    Novo modelo do Google está disponível para desenvolvedores

    O novo modelo está disponível no Google AI Studio para desenvolvedores e para usuários do Gemini Advanced — disponível através de um plano de assinatura pago.

    A empresa disse que ele será adicionado ao seu produto Vertex AI para clientes de computação em nuvem em breve e divulgará informações sobre preços nas próximas semanas.

    “A partir de agora, estamos incorporando essas capacidades de pensamento diretamente em todos os nossos modelos, para que eles possam lidar com problemas mais complexos e apoiar agentes ainda mais capazes e cientes do contexto”, escreveu Koray Kavukcuoglu, diretor de tecnologia da Google DeepMind, em um post de blog.

    O Google tem sido o rei da pesquisa por anos, mas a IA generativa introduziu novos riscos que podem derrubá-lo, já que os usuários estão recorrendo a concorrentes, como o ChatGPT, para respostas a consultas.

    Para combater isso, a Alphabet tem promovido suas próprias iniciativas de IA. Alguns analistas ainda estão preocupados com a competição e acreditam que é um problema a ser observado.

    Jovens cada vez mais usam prompts de IA em vez da busca do Google

    O analista da Melius Research, Ben Reitzes, escreveu nesta quarta-feira que acredita que os jovens “estão cada vez mais escolhendo uma pesquisa focada em IA em vez do Google.

    Já que quase metade dos WAUs [usuários ativos semanais] da OpenAI têm menos de 24 anos, segundo dados da indústria”.

    As ações da Alphabet caíam 1,4% nesta quarta-feira, para US$ 168,29.

    *Com informações do Valor Econômico

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