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O que busca a Oncoclínicas (ONCO3) na Arábia Saudita? Veja o que dizem os analistas
A Oncoclínicas (ONCO3) assinou um acordo para formar uma joint-venture com a Advanced Drug Company for Pharmaceuticals, subsidiária integral do Al Faisaliah Group, para o desenvolvimento de uma operação de tratamento oncológico na Arábia Saudita.
O Al Faisaliah Group deterá 49% da joint-venture e a Oncoclínicas terá posse dos 51% restantes.
Essa nova empresa, inicialmente, será focada no desenvolvimento de uma unidade ambulatorial de quimioterapia, radioterapia e medicina diagnóstica na cidade de Riad.
Então, a Oncoclínicas deverá investir nos próximos três anos entre US$ 10 milhões e US$ 20 milhões, considerando sua construção e maturação.
Nesse sentido, a companhia estima uma receita potencial, no quinto ano da joint-venture, de aproximadamente US$ 550 milhões e um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 150 milhões.
Isso considerando unidades adicionais a serem implementadas e financiadas com geração de caixa própria da operação saudita.
O Al Faisaliah Group é um dos maiores conglomerados da Arábia Saudita, com operações no segmentos de saúde, farmacêuticos e alimentação.
Negócio complexo
Para o Citi, o anúncio de expansão para Arábia Saudita anunciada pela Oncoclínicas aumenta riscos de execução. Bem como pode afetar a estratégia de crescimento da companhia no Brasil.
Os analistas Leandro Bastos e Renan Prata escrevem que a entrada no país do Oriente Médio expande de forma significativa o mercado da companhia. E pode injetar ganhos significantes no longo prazo.
No entanto, uma cultura de negócios bem diferente da brasileira e o aumento na complexidade dos negócios traz riscos consideráveis. De execução e da avaliação dos resultados que a empresa conseguirá ter.
Assim, o Citi tem recomendação de compra para Oncoclínicas, com preço-alvo em R$ 9, potencial de alta de 42,8% sobre o fechamento de terça-feira.
Empreitada desafiadora
Já para o Itaú BBA, a expansão da Oncoclínicas para a Arábia Saudita foi um anúncio surpreendente. Dado que até então a companhia concentrava esforços nas suas operações de oncologia no Brasil.
Os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezini e Felipe Amancio escrevem que a empreitada será desafiadora. Mas a parceria com uma empresa saudita ajuda a reduzir riscos.
“Acreditamos que a companhia já conseguiu as autorizações necessárias de autoridades públicas e operadoras de planos sauditas para iniciar operações”, afirmam.
O banco acredita que as projeções dadas pela Oncoclínicas, incluindo Ebitda de US$ 150 milhões a partir do quinto ano de operações, indicam que o mercado de oncologia na Arábia Saudita parecem promissoras.
O Itaú BBA tem recomendação de compra para Oncoclínicas, com preço-alvo em R$ 11.
Parceria com gigante
Em relatório, a XP destaca que o Grupo Al Faisaliah é um conglomerado importante na Arábia Saudita. Além disso, já opera em mercados relacionados, como os setores de saúde e farmacêutico.
“Acreditamos que o parceiro certo será crucial para viabilizar os relacionamentos necessários com os principais atores da cadeia de valor do setor na região”, escrevem os analistas Rafael Barros e Raphael Elage.
“Embora não tenhamos total clareza sobre os marcos que ainda precisam ser superados para alcançar os resultados esperados, consideramos o desembolso de caixa pequeno o suficiente para acreditar que essa opcionalidade está profundamente no dinheiro”, acrescentam.
A XP tem recomendação de compra para Oncoclínicas, com preço-alvo em R$ 18,60.
Com informações do Valor Econômico
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