Mais que o dobro do mercado: Inter cresce 151% em emissões de dívida em 2024

O Inter registrou um crescimento exponencial nas emissões de dívida em 2024, superando em mais do que o dobro o desempenho do mercado, impulsionado por estruturas com garantia firme de distribuição e atuação no mercado de 'middle market'

Em um ano de recordes nas emissões de títulos privados no Brasil, o Inter cresceu mais que o dobro do mercado de capitais.

Em 2024, o banco participou de 38 ofertas, como coordenador líder na maioria delas, num volume total de R$ 12,6 bilhões, o que corresponde a um aumento de 151% frente ao ano anterior.

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    Considerando apenas Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), a instituição subiu da 11ª posição no ranking para a 8ª e somou R$ 5 bilhões em operações.

    Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que, em 2024, as empresas captaram o valor recorde de R$ 783,4 bilhões, uma alta de 66,7% frente ao ano anterior.

    O que diz o Inter sobre o crescimento?

    Segundo Thiago Lobato, responsável pela área no Inter, um dos principais impulsionadores do avanço foram as estruturas com garantia firme de distribuição, que cresceram 68%.

    “Participamos em sindicatos de ofertas de grandes emissores, como B3, Equatorial e Copel”, diz Lobato, ex-Itaú BBA e Ártica Investimentos, que foi contratado no ano passado com a missão de impulsionar a área.

    O executivo prevê que este ano o mercado de capitais avance menos por causa das incertezas macroeconômicas.

    Além disso, muitas empresas anteciparam captações e rolagens no ano passado para se beneficiarem do bom momento, com prêmios de risco mais baixos e prazos maiores.

    “O ano ainda vai ser bom, mas tende a ser mais seletivo, porque as empresas devem se retrair diante dos juros altos”, avalia ele. “

    A maior parte das ofertas deve ser das que precisam se refinanciar ou dos emissores mais óbvios, mais conhecidos do mercado.”

    Para ele, o segundo semestre será ainda menos movimentado porque as atenções já estarão voltadas às eleições presidenciais de 2026.

    Olho no ‘middle market’

    Lobato destaca ainda que o Inter vem explorando o nicho do chamado “middle market”, que reúne empresas um pouco menores do que as gigantes comumente vistas no mercado de capitais.

    São muitas vezes estreantes, captando recursos no que ele chama de “operações artesanais”.

    “Com esse perfil, nós usamos muito o instrumento das notas comerciais, porta de entrada mais comum das empresas”, comenta.

    Conforme dados da Anbima, as notas comerciais registraram em 2024 R$ 43,6 bilhões em ofertas, superando em 56,1% o valor de 2023.

    *Com informações do Valor Econômico

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