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‘Ter inteligência financeira é saber como você lida com seus recursos’, conta Jeane Tsutsui, CEO do grupo Fleury (FLRY3)
Empresas citadas na reportagem:
Sabe aquela pessoa que é multitarefas? Assim podemos dizer que é Jeane Tsutsui, CEO do grupo Fleury (FLRY3). A empresária, além de dirigir uma das maiores empresas da área de saúde do Brasil, ser médica cardiologista e pesquisadora, tem formação no Brasil e no exterior, incluindo um programa em Harvard e um pós-doutorado pela Universidade de Nebraska, ambos nos Estados Unidos.
Há 14 anos, Jeane decidiu mudar de ares e partiu para a área executiva ao assumir a diretoria executiva de negócios do Fleury. E para tal feito, é preciso atenção a todos os setores que envolvem um negócio, inclusive, claro, a parte financeira.
Dessa forma, não tem como deixar de questionar a empresária a respeito do que é ter inteligência financeira. E para Jeane, é preciso ter um certo conhecimento sobre o assunto. “Hoje, com um custo de capital cada vez mais caro, como você aloca capital? Como você usa o seus recursos, e não importa o tamanho, seja o seu recurso pessoal, o seu recurso familiar, de uma instituição. O que você tem ali de conhecer os números e fazer o melhor uso destes números para pensar no longo prazo, na sustentabilidade do seu negócio, da sua vida pessoal e do seu negócio”, acredita.
‘Eu quero viver até os 150 anos’, afirma Jeane
E não foi apenas sobre finanças que Jeane conversou com a IF. O assunto longevidade também foi comentado. Isto porque, o mundo vem passando por diversas mudanças e isto é visível. E algumas destas transformações envolvem, claro, a saúde das pessoas.
Tanto que a sobrevida da população mundial vem aumentando a cada década. O assunto se torna ainda mais importante quando alguns cientistas passaram a afirmar que os seres humanos que viverão 150 anos já nasceram.
Portanto, vale ressaltar que, se de fato isto acontecer, a sociedade irá mudar por completo. Afinal de contas, as pessoas precisarão trabalhar por mais anos, por exemplo, para garantirem um final de vida mais estável. Para a CEO do grupo Fleury, esta ideia de viver por 150 anos é algo incrível.
“Se a gente olha para o aspecto da mudança epidemiológica ao longo dos anos, foi incrível o aumento da expectativa de vida. Claro que inicialmente este aumento se deu pelo desenvolvimento econômico, porque você reduziu mortalidade infantil. Mas é fato que hoje todo o avanço médico e científico te permite aumentar a longevidade. E não é só o avanço médico e científico, é o avanço econômico do mundo”, afirma.
Diante disso, Jeane traz também outras reflexões sobre o assunto. Para começar, a empresária afirma que, se existe este aspecto de aumento da longevidade, isto vai mudar um pouco a forma de vida em termos econômicos. “Você precisa usar esta capacidade produtiva por mais tempo, adaptar o seu negócio para servir a esta população que vai viver por mais tempo. Que é a economia da longevidade”, argumenta.
Maior procura por serviços de saúde
Então, claro que o aumento da expectativa de vida leva a uma maior demanda por serviços de saúde. “Isto porque você tem um aumento de doenças crônicas. Hoje, os dados do IBGE mostram que na população acima de 60 anos, de cada 4 pessoas 3 têm doenças crônicas, não graves, mas que precisam de cuidado”, explica Jeane.
Por isso, para a CEO, é importante olhar para a questão de qualidade de vida com foco na prevenção, mudança dos hábitos e cuidado com a saúde. “Nós queremos viver mais, mas viver bem. É um aspecto fundamental. E eu gostaria de viver 150 anos, se eu tiver qualidade de vida”, fala.
A seguir, você confere o trecho da entrevista que Jeane Tsutsui cedeu a Inteligência Financeira em que ela fala sobre estes dois assuntos.
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