Irani encerra produção de resinas e reforça aposta em embalagens

A Irani anunciou o encerramento de suas operações de resinas sustentáveis, representando apenas 5% de sua receita, para se concentrar no negócio de embalagens, que tem apresentado crescimento consistente.
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  • A Irani encerrou a produção de resinas sustentáveis, representando 5% de seu faturamento.
  • A empresa focará em embalagens, seu principal negócio com demanda crescente.
  • A subsidiária arrendará florestas para manter a cadeia produtiva da região.
  • A decisão visa otimizar operações e rentabilizar ativos, devido à queda nos preços internacionais e aumento dos juros.
  • O segmento de embalagens de papel e papelão mostra crescimento, com aumento nas vendas de papelão ondulado.
LER RESUMO

A decisão da Irani de sair do segmento de resinas sustentáveis não deve causar um grande impacto nas receitas do grupo, já que esse segmento representava apenas 5% do seu faturamento.

A leitura é que essa medida vai permitir que a empresa concentre seus esforços no setor de embalagens, que é sua principal linha de negócios e cuja demanda tem crescido de forma consistente.

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    A companhia anunciou nesta quarta-feira (26) a sua saída do negócio de resinas com o encerramento das atividades da fábrica localizada em Balneário Pinhal, no Rio Grande do Sul.

    “O movimento está alinhado ao posicionamento estratégico da empresa e ao compromisso da companhia com a otimização de suas operações e melhor rentabilização de seus ativos”, disse a empresa, em nota.

    Arrendamento de florestas usadas para produzir resina

    A empresa informou ainda que uma de suas subsidiárias irá arrendar suas florestas localizadas no Estado para outra empresa do setor, “tendo como foco a manutenção da cadeia produtiva de resinagem na região”.

    As resinas sustentáveis, em especial o breu e a terebintina, são produtos derivados de árvores coníferas, como o pinus, e são utilizadas na fabricação de diversos produtos, como vernizes, tintas, esmaltes, solventes e outros químicos.

    A Irani atuava nesse segmento atendendo principalmente o mercado externo, mas a representatividade no seu portfólio sempre foi muito pequena — cerca de 5% da receita.

    Do ponto de vista de custo, a produção desses materiais representava apenas 4% dos desembolsos da companhia.

    Produção de resina passou a ser deficitária

    O negócio começou a dar prejuízo nos últimos meses devido à queda dos preços internacionais. Em 2024, o preço médio bruto do breu e da terebintina foi 9,1% inferior ao ano anterior.

    A companhia menciona ainda a alta das taxas de juros e a redução do consumo como desafios.

    A produção de resinas da Irani teve redução de 12,3% no ano passado ante 2023, totalizando 10.503 toneladas.

    As vendas, por sua vez, ficaram praticamente estáveis de um ano para o outro, em 10.818 toneladas.

    Foco em embalagens de papel e papelão

    A decisão de interromper a resinagem vai permitir que a Irani reforce sua atuação no segmento de embalagens de papel e papelão, principal linha de negócios da empresa, cuja demanda tem crescido nos últimos anos.

    De outubro a dezembro de 2024, o volume de vendas de papelão ondulado apresentou estabilidade, somando 44.667 toneladas, aponta o relatório da companhia.

    No acumulado do ano, o indicador avançou 5,7%, atingindo 174.469 toneladas, enquanto o mercado teve aumento de 4,8%, segundo dados da Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel). A participação de mercado da Irani nesse segmento ficou em 4,11%, segundo a empresa.

    Já na divisão de papéis, as vendas totais somaram 29.298 toneladas no quarto trimestre, alta de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado e queda de 10,9% ante o trimestre anterior.

    No relatório que acompanha os resultados, a companhia disse que houve um aumento na oferta de papel por concorrentes, especialmente no segmento de alta gramatura, com preços mais competitivos.

    Do ponto de vista de preço, o papel rígido para embalagens vem registrando aumentos nos últimos trimestres devido à combinação entre a alta das aparas — sua principal matéria-prima — e o aumento da demanda para a produção de papelão ondulado.

    *Com informações do Valor Econômico

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