Grupo Mateus (GMAT3) nega oferta de aquisição pelo Assaí (ASAI3) em comunicado ao mercado
Grupo Mateus (GMAT3) nega oferta de aquisição pelo Assaí (ASAI3) em comunicado ao mercado
O colunista Lauro Jardim, de 'O Globo', noticiou no domingo que o Grupo Mateus estaria preparando uma oferta pela segunda maior rede de atacarejo do Brasil
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O Grupo Mateus (GMAT3) negou rumores sobre uma oferta pública de aquisição (OPA) das ações do Assaí (ASAI3). Em comunicado, a empresa afirmou que não há negociações ou tratativas para essa finalidade e que permanece focada em seu planejamento estratégico de expansão no Norte e Nordeste do Brasil. Analistas do Bradesco BBI destacam que uma fusão entre as empresas teria méritos estratégicos e financeiros, mas ambas as partes negam a operação. O Bradesco BBI recomenda compra para Assaí e neutra para Grupo Mateus.
“Tendo em vista notícias e rumores veiculados nesta data a respeito de uma possível realização, pela companhia [de uma OPA pelo Assaí], vem esclarecer aos seus acionistas e ao mercado em geral que não há qualquer negociação ou tratativa para essa finalidade”, diz o comunicado.
Então, o documento informa ainda que o Grupo Mateus “permanece focado no seu planejamento estratégico original de expansão na região Nordeste. “Fomentando a consolidação e o adensamento de rotas nas regiões Norte e Nordeste do país. Inclusive considerando as tratativas para estruturação e conclusão da potencial operação com o Novo Atacado Comércio de Alimentos Ltda”.
O colunista Lauro Jardim, de “O Globo”, noticiou no domingo que Itaú e XP estariam trabalhando para levar uma oferta do Grupo Mateus aos acionistas do Assaí, segunda maior rede de atacarejo do Brasil.
O Valor apurou, no entanto, que a ideia não está nos planos, ao menos por ora, dos acionistas de ambas as partes.
Potencial da fusão entre Grupo Mateus e Assaí
Uma fusão entre Assaí e Grupo Mateus, operação negada pelas companhias, teria méritos estratégicos. Isso em termos operacionais e dentro do atual cenário do setor de atacarejo, diz o Bradesco BBI.
Os analistas Pedro Ponto e João Andrade escrevem que a empresa unificada teria quase o mesmo tamanho que o Carrefour Brasil. Bem como traria poucos riscos concorrenciais já que as lojas se localizam primariamente em regiões diferentes.
Em termos financeiros, a união reduziria substancialmente a alavancagem do Assaí, um dos principais pontos que acabam pressionando suas ações. Além de aumentar o volume de negociação das ações do Grupo Mateus.
Dessa maneira, o banco acredita que haveria espaço para o Grupo Mateus oferecer um prêmio sobre as ações do Assaí. Considerando aquisição de 50% dos papéis, sem pressionar de maneira excessiva seus resultados.
Por último, o Bradesco BBI tem recomendação de compra para Assaí, com preço-alvo em R$ 18, potencial de alta de 88% sobre o fechamento de sexta-feira (30). E neutra para Grupo Mateus, com preço-alvo em R$ 9, potencial de alta de 14,2%.