A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) disseram nesta quinta-feira (14) que receberam ofício do seu acionista controlador, o Estado de Minas Gerais, informando que protocolou projetos de lei que contempla medidas para a desestatização das empresas.
“Os projetos de lei passarão por análise e deliberação da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais”, afirmam as duas estatais mineiras, em comunicados separados enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Segundo o site oficial do governo de Minas Gerais, os projetos visam viabilizar, com mais agilidade, o processo de desestatização de empresas controladas direta ou indiretamente pelo governo mineiro.
O objetivo da proposta é tornar a Cemig e a Copasa empresas mais modernas e competitivas, garantindo crescimento e eficiência, afirma Mateus Simões (Novo), vice-governador de Minas Gerais e atual governador em exercício.
“As duas companhias estatais precisam passar por um processo de modernização relevante. Entendemos que estamos maduros suficientemente para iniciar essas discussões na Assembleia”, afirma o vice-governador.
No caso da Cemig, a ideia é criar um modelo de corporação mais transparente, capaz de entregar melhores serviços aos clientes. No modelo proposto, Minas Gerais passaria a ser o acionista de referência, inclusive com poder de veto.
As mudanças nas empresas públicas significam compromisso da atual gestão do Governo de Minas em resolver o problema da dívida com a União, tentando um maior abatimento da dívida com repasse de ações ao governo federal.
Há pouco, as ações da Cemig subiam 9,23%, cotadas em R$ 12,55, enquanto Copasa avançava 3,77%, a R$ 24,48.
*Com informações do Valor Econômico