Expansão dos data centers no Brasil depende de melhorias na rede elétrica, diz CEO da CPFL

Há dificuldades para os empreendedores do mercado de data centers de acesso à rede elétrica para conectar grandes cargas de energia. A informação foi passada pelo CEO da CPFL, Gustavo Estrella, nesta terça-feira (28), durante a Latin America Investment Conference 2025, promovida pela UBS e UBS BB em São Paulo.

Diante de um contexto de sobra de energia no mercado brasileiro, as companhias do setor elétrico têm visto no segmento de tecnologia da informação um potencial para absorver o excedente de energia desperdiçada. Contudo, o executivo alertou sobre a necessidade de se criar um ambiente econômico para viabilizar este novo mercado no país, já que o receio é que parte da demanda de data centers ligados à inteligência artificial (IA) possa operar limitados pela indisponibilidade de rede.

“Atualmente, temos uma sobreoferta de 20% de energia em um cenário de crescimento do PIB de 2%, o que significa que convivemos com esse excedente por muitos anos. O desafio é direcionar essa energia para projetos estratégicos, como o setor de data centers e hidrogênio verde. Embora o setor de hidrogênio ainda enfrente barreiras de competitividade, o mercado de data centers já está pronto para aproveitar essa oportunidade.”

O executivo chama a atenção para a necessidade de uma ação combinada entre o setor produtivo e o setor público para colocar o Brasil nessa rota de crescimento de data centers.

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    Hoje, o Brasil tem um déficit de infraestrutura para grandes consumidores terem acesso à rede de transmissão de energia, o que pode inibir o crescimento do setor, mesmo o Brasil sendo um país com energia limpa e renovável.

    “Precisamos repensar o desenvolvimento da nossa rede elétrica para atender a essa crescente demanda. É essa a provocação que temos levado ao governo. Percebo, entre todos os meus interlocutores, um grande interesse em entender como podem viabilizar essa indústria no Brasil.”

    A indústria de data centers cresce globalmente a um ritmo superior a 20% ao ano, com potencial de atingir 30%. As projeções indicam que o setor pode consumir entre 60 GW e 100 GW de energia, sendo que o Brasil tem capacidade para capturar até 11 GW adicionais dessa demanda.

    *Com informações do Valor Econômico

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