A Equatorial Energia espera uma redução nos cortes de energia renovável com novas linhas de transmissão. O apagão de agosto de 2023 levou a limitações na transmissão de energia do Nordeste. A empresa também destacou o bom desempenho do segmento de distribuição e a entrada como acionista da Sabesp.
Os executivos do grupo Equatorial afirmaram, nesta quinta-feira (14), que acreditam que em 2025 os cortes de energia renovável (“curtailment”, no jargão do setor) feitos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) devem reduzir com a entrada de novas linhas de transmissão que vão ajudar a escoar energia do Nordeste para outros mercados consumidores.
O apagão do dia 15 de agosto de 2023 deixou o ONS mais conservador, levando-o a limitar a transmissão de energia renovável do Nordeste para o resto do Brasil. Com isso, quase todas as empresas do setor vêm reportando quedas significativas de lucro em seus balanços.
O diretor de operações da Echoenergia, empresa de energias renováveis da Equatorial, Leonardo Machado, espera uma redução mais significativa ainda em 2025.
“A gente ainda não consegue precisar o quão significativa essa redução é para o nosso portfólio. Outra medida que vai impactar nossa percepção mais significativamente é a questão da modelagem matemática que está sendo discutida com o ONS e assim que essa discussão finalizar e for implementada, a gente espera uma redução [dos cortes] mais significativa ainda no ano que vem”, explicou a analistas e investidores durante teleconferência.
Já os resultados do terceiro trimestre do grupo Equatorial Energia foram puxados pelo bom desempenho do segmento de distribuição de energia elétrica por conta do maior consumo devido às temperaturas elevadas, além do combate às perdas de energia.
Ainda no setor de distribuição de energia, o decreto sobre a prorrogação das concessões das distribuidoras agradou os executivos da empresa.
Novo modelo de governança e Sabesp
O presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda, disse a que o terceiro trimestre de 2024 foi marcado pela implementação de novo modelo de governança e pela entrada como novo acionista da Sabesp.
Os encargos da dívida no trimestre são explicados, principalmente, pelo aumento de R$ 6,4 bilhões na dívida em relação ao mesmo período de 2023, refletindo o financiamento para aquisição de 15% de participação na Sabesp. O resultado trimestral não inclui a equivalência patrimonial da companhia de saneamento.
Com a venda da concessão de transmissão e a recente emissão de ações, a alavancagem da Equatorial sofreu impacto reduzido. No setor de saneamento, ainda há diversas concessões a serem leiloadas, incluindo áreas onde a empresa atua no ramo de distribuição.
*Com informações do Valor Econômico
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