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Empresas em reestruturação financeira contratam executivos especializados em crise
Empresas que passam por reestruturação financeira estão contratando executivos especializados em crise para assumir a gestão interina das companhias. Essa tendência tem crescido à medida que o número de empresas em dificuldades aumenta e boa parte do alto escalão é destituída.
Muitos desses casos envolvem companhias que entram com pedido de recuperação judicial, o que requer executivos especializados em reorganizar os negócios.
Essa situação tem levado consultorias dedicadas a fazer reestruturações a criarem braços para oferecer o serviço, muitas vezes com os próprios sócios-consultores assumindo como gestores das empresas em situação de “estresse”.
Reestruturação financeira: 2W, Paranapanema e Agrogalaxy
Exemplos de companhias que optaram por gestão interina são a 2W, de energia, e a Paranapanema, que opera na produção de cobre. Mas há outros casos.
Na empresa de varejo de insumos agrícolas Agrogalaxy, a consultoria contratada para assessorá-la indicou um executivo para a diretoria financeira após o pedido de recuperação judicial este mês, o que levou o CFO a acumular o cargo de CEO.
Já a Renova Energia, que está no fim do processo de recuperação judicial, também contou com profissionais de casas especializadas para gerir a companhia no período mais crítico.
Luis Caldas, sócio da consultoria Íntegra, afirma que a demanda por esse trabalho não tem parado de crescer. Muitas vezes, diz, os atuais administradores não estão dispostos a assumir os riscos embutidos na reestruturação.
‘Situação de guerra’
“Existe ainda a situação em que um acionista decide trocar o executivo porque a empresa está entrando numa ‘situação de guerra’.” Entre as soluções, está também a criação do cargo de Chief Restructuring Officer (CRO).
Marcos Guedes, sócio da KR Capital, acrescenta: “Para lidar com essas questões, é preciso alguém mais ‘casca grossa’ que não se assuste com os solavancos e que consiga negociar com diversos ‘stakeholders’ ao mesmo tempo e com diversas demandas diferentes.”
Um entrave para uma maior expansão da gestão interina está, porém, no fato de muitas empresas ainda serem de “dono”.
Com informações do Valor Econômico.
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