Presidente da Petrobras (PETR4) projeta ganho de R$ 11 bilhões com câmbio

Variação cambial, que prejudicou Petrobras (PETR4) no 4º tri, pode gerar saldo de R$ 11 bilhões no próximo balanço, diz Magda Chambriard

Empresas citadas na reportagem:

Se a variação cambial gerou perdas de R$ 59 bilhões à Petrobras (PETR4) no quarto trimestre de 2024, a presidente-executiva da estatal, Magda Chambriard, previu um saldo positivo de R$ 11 bilhões pela valorização do câmbio entre janeiro e março de 2025.

O saldo positivo deve vir da variação contábil das dívidas da Petrobras no exterior, afirmou Chambriard em conferência com analistas nesta quinta-feira (27). Para a executiva, o prejuízo líquido de R$ 17 bilhões nos últimos três meses de 2024 “não diz nada à respeito da saúde operacional e financeira da Petrobras”.

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    Além disso, o investimento acima da previsão do mercado, que levou à redução do dividendo, não deve se repetir. Isso porque a companhia antecipou gastos, ao ativar dois navios de exploração de águas profundas. “Não veremos o mesmo nível de capex no primeiro trimestre de 2025.”

    Petrobras (PETR4) vai antecipar investimento ‘quando possível’

    A executiva reconheceu que o anúncio dos dividendos, de R$ 9,1 bilhões, decepcionou o mercado. Mas reforçou que a companhia vai antecipar investimentos sempre que possível.

    “Podem contar com o empenho da Petrobras para fazê-lo”, comentou Chambriard.

    A antecipação de investimentos no quarto trimestre levou o capex (despesas em capital) a atingir US$ 16,6 bilhões, acima das projeções de US$ 14,5 bilhões da companhia para 2024. O montante, segundo ela, teve como destino a operação do FPSO Almirante Tamandaré.

    O navio da Petrobras (PETR4) deveria começar a operar somente em 2025, mas a Petrobras antecipou a produção.

    De acordo com ela, a antecipação agregou US$ 2,2 bilhões em valor para a plataforma da Petrobras pelos próximos três anos.

    A presidente ainda explicou que o investimento de US$ 16,6 bilhões no quarto trimestre veio abaixo do esperado pela Petrobras. Seguindo projeções do plano estratégico anterior, da gestão Prates, calculava um capex de US$ 18,6 bilhões em 2024.

    Fernando Melgarejo, diretor financeiro da Petrobras, reforçou que deve haver queda de investimentos no primeiro trimestre. Além disso, disse, o cronograma de investimento da estatal “não será alterado”.

    Margem Equatorial é essencial para repor reservas, diz CEO

    Para aumentar as reservas de barris de petróleo, os executivos entenderam ser essencial a exploração da Margem Equatorial ainda em 2025.

    “Repor reservas é fundamental para a empresa manter sua relevância no Brasil e no exterior”, disse Chambriard. Contudo, ela ressaltou que essa exploração deve ser feita “de forma responsável”.

    A Petrobras considera a Margem Equatorial como de alto potencial. Em 2024, ao todo a Petrobras produziu 900 milhões de barris e repôs 1,2 bilhão de unidades.

    A região contempla 15 poços de petróleo em águas profundas que a empresa pretende explorar. Por enquanto, a estatal tem apenas um pedido protocolado no IBAMA para explorar um poço perto da Ilha dos Marajó (PA).

    Queda de ação reflete ‘repique’ em dividendos, diz Goldman

    O banco Goldman Sachs diz que a queda das ações da Petrobras hoje reflete o temor de investidores com a alocação de capital da Petrobras para os próximos trimestres. Na visão dos analistas, esses investimentos podem causar um repique nos dividendos, diz a instituição americana.

    As ações chegaram a cair 8% no pregão do Ibovespa nesta quinta-feira, mas reduziram perdas no decorrer da tarde. No encerramento do pregão, as ações preferenciais da Petrobras PN (PETR4) caiam 3,53%, enquanto o papel ON (PETR3) sofria maiores perdas, de 5,22%.

    Mesmo após a empresa divulgar um provento abaixo do esperado, o Goldman Sachs não mudou a projeção de dividendos e nem de investimentos para a empresa.

    “A Petrobras reforçou que não houve inclusão de novos projetos no cronograma de investimentos, e tampouco um aumento de desembolso em projetos existentes”, afirmou o Goldman.

    Por fim, o banco manteve a recomendação de compra para as ações ON e PN da Petrobras, com preços-alvo de R$ 45,40 e R$ 41,30, respectivamente.

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