O Grupo Casas Bahia continua focado em melhorar sequencialmente as margens operacionais para chegar ao final de 2025 pronto para discutir um ciclo de expansão, disse o presidente da companhia, Renato Franklin, em teleconferência com analistas na tarde desta quinta-feira (14).
As prioridades para os próximos meses, segundo Franklin, são crescimento em lojas físicas e crediário, aumento da liquidez, crescimento de receita e diluição dos custos fixos.
“O ponto que existe de impacto é o custo de captação mais alto, porque os juros subiram, o que vai consumir mais despesa financeira. Mas nosso objetivo é ajustar o operacional da companhia para terminar 2025 com uma alavancagem melhor e discutir planos de expansão”, afirmou o executivo.
Em relação à performance de vendas nas lojas com mais de 12 meses de operação, Franklin disse que o crescimento de 6,5% está em linha com o plano e que no quarto trimestre a companhia vai entregar um resultado maior na comparação anual. Alguma melhoria no e-commerce também será observada, mas de forma mais gradativa.
No que diz respeito ao crediário, o executivo reforça que as ações são para crescimento nessa frente e não terão impacto nos indicadores de inadimplência. “Não estamos dispostos a correr risco aumentando a amplitude do crédito que oferecemos”, disse. Para isso, o crédito será direcionado “ao cliente conhecido”, que possui um bom histórico com a companhia.
Os níveis de investimento para suportar esse crescimento devem continuar parecidos com os observados no 3º tri, que totalizaram R$ 54 milhões. O objetivo, segundo Elcio Ito, diretor financeiro, é ganhar mais produtividade com o mesmo valor gasto.
Em relação à participação das vendas digitais, Franklin destacou que espera uma penetração entre 9% e 10% para os próximos meses. “Ainda não consigo assumir um compromisso de crescimento de volume bruto de mercadorias (GMV), mas assumo compromisso de crescimento de margem”, disse.
Pensando em fim de ano, a companhia aumentou os estoques em R$ 417 milhões para Black Friday e Natal, disse Ito. Além disso, será disponibilizado R$ 1 bilhão em crédito durante o mês de novembro para clientes com avaliação de crédito positiva.
Questionado sobre o potencial impacto da aprovação da escala 6×1, que vem sendo debatida no Congresso, Franklin disse que é preciso acompanhar as discussões sem se precipitar.
“Na pior das hipóteses, tem impacto de preço”, avalia. “Independentemente das mudanças, saberemos ajustar a companhia para operar no cenário que vier”, disse.
*Com informações do Valor Econômico