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BTG Pactual (BPAC11) espera crescer ‘mais rápido’ em crédito corporativo para PMEs
Empresas citadas na reportagem:
O BTG Pactual (BPAC11) aposta no aumento da carteira de crédito corporativo, principalmente as pequenas e médias empresas (PMEs), como segmento “que deve crescer mais rápido” que o resto dos negócios do banco, como as áreas de investment banking ou asset management. A fala foi feita por Roberto Sallouti, CEO do BTG, nesta segunda-feira (5), durante a conferência de resultados da empresa no quarto trimestre de 2023.
O BTG registrou uma receita recorde de R$ 1,3 bilhões em crédito bancário corporativo nos três últimos meses do ano passado. A carteira de crédito para grandes, médias e pequenas empresas do banco de investimento cresceu 19% em 2023, somando R$ 171 bilhões. Já a fatia de crédito exclusivamente para PMEs cresceu 16,3% no quarto trimestre.
BTG (BPAC11): crédito corporativo deve crescer em 2024
Sallouti enfatizou a analistas que espera um aumento de participação do BTG Pactual (BPAC11) em crédito corporativo. No acumulado de 2023, a receita do BTG no segmento cresceu 88%, de R$ 2,7 bilhões para R$ 5,1 bi. No entanto, o crescimento do terceiro para o quarto trimestre do ano passado foi de apenas 2%.
Para Sallouti, o BTG soube aproveitar oportunidades em empréstimos a pequenas e médias empresas do setor de energia em 2023. “Tivemos mais oportunidades na carteira de energia”, disse o CEO.
De acordo com o executivo, essa carteira de crédito do banco deve crescer de forma mais sensível porque o BTG planeja “aumentar a diversificação de oferta de crescimento, banking e crédito” para empresas. “Esperamos ver um crescimento mais rápido porque estamos preocupados com a cadeia de oferta”, disse Sallouti.
Também consta na estratégia do banco reforçar a plataforma para clientes corporativos. “Estamos bastante competitivos e esperamos nos próximos meses ter mais fatores para crescer a plataforma”, completou o CEO do BTG.
‘Estamos numa posição melhor’, diz Sallouti sobre LCI, LCA e CRI
Segundo o CEO do BTG Pactual (BPAC11), a companhia está “em uma posição melhor” que a média do mercado para receber investidores que devem migrar de títulos de crédito agropecuário e imobiliário, as LCIs, LCAs e CRIs e CRAs.
Na última sexta-feira, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu limitar regras para isenções fiscais sobre as letras e certificados de crédito. Além disso, o órgão alterou as normas de emissão para CRIs e CRAs e definiu prazos maiores para que as LCAs e LCIs tenham liquidez diária.
As mudanças de regulamentação dos títulos de crédito, diz Sallouti, deve fazer com que clientes “busquem alternativas à poupança”. E isso deve gerar um impacto positivo no investment banking do BTG.
“Quando olhamos nossa base de funding em relação aos bancos de varejo e prazo de produtos com isenção fiscal, eu diria que nós estamos numa posição melhor para lidar com esses desafios de regulamentação”, disse Sallouti. “Quando olhamos como parte do funding, achamos que é net positive. A mudança pode ser positiva para o BTG”, prosseguiu.
O outro lado do balanço do BTG Pactual (BPAC11)
Se o BTG teve fortes números na carteira de crédito corporativo, por outro lado, a receita com investment banking apresentou dados menores.
A operação responsável por emissão de dívidas e fusões e aquisições (M&A) obteve uma receita ajustada de R$ 464 milhões no quarto trimestre, ante R$ 590 no terceiro trimestre.
Uma redução, portanto, de 21%. No ano, a receita ajustada do BTG Pactual (BPAC11) foi de R$ 1,6 bilhões contra R$ 1,8 bi em 2022.
Para justificar o resultado, Sallouti enfatizou que a seca de IPOs na bolsa de valores afetaram a receita da área de investimentos bancários. A operação de emissão de debêntures, em especial, chamou a atenção do executivo porque “teve um começo de ano fraco, mas se normalizou”.
“Mas esperamos retomar o crescimento”, completou.
O BTG, contudo, apresentou receita recorde nos setores de asset e wealth management. O banco alcançou R$ 856 bilhões de ativos no quarto trimestre, montante 21% superior ao registrado em 2023. Já em fortuna sob gestão, a carteira do BTG corresponde a R$ 713 bi.
“Tivemos desempenho bastante interessante. Mesmo com taxas de juros muito altas e os produtos de varejo com isenção entregamos e podemos sustentar esses níveis”, disse Sallouti.
Para o executivo, o cenário macroeconômico para 2024 e 2025 “é um cenário mais saudável” para investment banking, o que deve ajudar no retorno ao crescimento do setor no BTG Pactual (BPAC11).
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