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Analistas do Itaú BBA falam sobre expectativas para 26 balanços que serão divulgados ainda nesta semana
Ainda nesta semana, empresas de diferentes setores que têm cobertura dos analistas do Itaú BBA vão divulgar o desempenho operacional e financeiro durante o terceiro trimestre de 2024. Para te ajudar a acompanhar os balanços o que vai acontecer e como os resultados podem impactar seus investimentos, preparamos um resumo das expectativas dos especialistas.
Você também pode acessar o relatório completo aqui, com ainda mais detalhes e a recomendação dos nossos analistas para cada uma dessas empresas (compra, venda ou neutro). Veja abaixo as expectativas dos analistas para as divulgações que saem nos próximos dias:
6 de novembro
Eletrobras (ELET3, ELET6)
Para o segmento de transmissão, os analistas do Itaú BBA projetam uma ligeira queda nos “resultados caixa” da Eletrobras (ELET3, ELET6), reflexo do novo ciclo da receita anual permitida (RAP). No segmento de geração, há boas perspectivas para a empresa, considerando uma provável aceleração no fechamento de acordos de compra de energia (empresa mais descontratada do setor). Além disso, os especialistas esperam uma continuidade da tendência de melhoria na eficiência de custos e despesas controláveis no balanço da Eletrobras.
Eletromidia (ELEMD3)
Embora a Eletromídia (ELEMD3) deva continuar apresentando crescimento de receita, os analistas do Itaú BBA esperam números menores decrescentes quando comparados aos do primeiro semestre do ano. De qualquer maneira, os especialistas antecipam uma expansão de margem EBITDA (lucro operacional) no trimestre, devido a ganhos com alavancagem operacional.
Minerva (BEEF3)
No segmento Brasil, embora espera-se que o preço médio de venda tenha aumentado em cerca de 5%, o preço do gado pode ter subido em magnitude similar, de modo que esses dois efeitos tendem a se anular. Consequentemente, os analistas acreditam em um aumento de receita líquida, porém com margens praticamente de lado. No segmento internacional, os números devem vir em linha com os do trimestre anterior.
Guararapes (GUAR3)
A receita líquida da Guararapes (GUAR3) deve crescer impulsionada por uma métrica saudável de vendas nas mesmas lojas. Consequentemente, as margens da companhia devem expandir, dada a natureza de elevada alavancagem operacional da empresa.
Totvs (TOTS3)
Os analistas do Itaú BBA esperam uma receita líquida saudável de Totvs (TOTS3), principalmente impulsionada pelo crescimento de novos contratos de assinatura, mas parcialmente anulada pela queda nas receitas por licença. No entanto, a menor participação das receitas de licença tende a causar uma compressão na margem bruta, uma vez que esse tipo de produto costuma ter margem de contribuição.
Ânima (ANIM3)
A receita líquida da companhia deve andar de lado em comparação ao segundo trimestre, com os aumentos dos preços nos segmentos presencial e digital sendo anulados por menores volumes. O destaque positivo deve ficar com a estratégia da companhia de redução de custos e despesas com pessoal e com aluguel.
C&A (CEAB3)
A companhia deve seguir com tendência de expansão de vendas nas mesmas lojas, que pode atingir patamar próximo de 11% no trimestre (em comparação anual). Como consequência do alto grau de alavancagem operacional da companhia, esperamos que essa tendência sustente um aumento nas margens do trimestre.
Copel (CPLE3, CPLE6)
Os analistas do Itaú BBA acreditam que o segmento de distribuição seja o destaque deste trimestre. Com crescimento estimado de volumes em 4,4%, eles esperam que isso mais do que compense o impacto negativo da geração distribuída (GD). Já no segmento de geração, o balanço da companhia deve sofrer os impactos advindos da alta taxa de “curtailment” (energia gerada e não utilizada para atender à demanda), parcialmente compensada pela melhora no volume de geração eólica.
CBA (CBAV3)
Os especialistas afirmam que os resultados positivos da CBA serão beneficiados pela subida do preço do alumínio e pela desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar norte-americano.
7 de novembro
Petrobras (PETR3, PETR4)
A Petrobras deve reportar resultados menos animadores do que nos últimos trimestres, em grande parte explicado pelo preço mais baixo do petróleo. O foco dos investidores deve se voltar para a política de dividendos da empresa (que pode oferecer um “dividend yield” de cerca de 6% no trimestre).
Assaí (ASAI3)
Mesmo com deflação de alimentos e competição mais feroz no atacarejo, a empresa deve conseguir ter crescimento razoável nas principais linhas do resultado.
Smart Fit (SMFT3)
A receita líquida deve apresentar um crescimento expressivo, principalmente motivado pela expansão da operação no México, que passou por reajustes importantes de preço no trimestre.
Caixa Seguridade (CXSE3)
A Caixa Seguridade (CXSE3) deve apresentar crescimento de prêmios emitidos e de prêmios ganhos – ambos na casa de 8% a 9%. A sinistralidade deve convergir a um patamar mais próximo da média histórica, após um segundo trimestre atípico. Com isso, a empresa deve apresentar um resultado forte da primeira à última linha.
Cogna (COGN3)
As captações no segmento presencial, combinadas a uma boa taxa de renovação em todas as divisões, devem garantir um crescimento interessante da receita da empresa. Isso vai refletir no seu balanço da companhia.
Vasta (VSTA)
O destaque positivo do resultado deve ficar com a melhoria operacional da companhia. Isso deve se traduzir em menores custos e em expansão de margem bruta.
PetroReconcavo (RECV3)
Para os analistas, o resultado da PetroReconcavo pode ser o destaque do setor de petróleo. Isso porque, mesmo com a manutenção de um de seus campos, a empresa manteve a produção em linha com o que foi o segundo trimestre. Assim, o foco dos investidores pode se voltar para um possível pagamento extraordinário de dividendos.
Locaweb (LWSA3)
O destaque do resultado será a continuidade da tendência de expansão de margens da empresa. Por outro lado, a receita deve apresentar crescimento pouco expressivo, impulsionado pela operação de Commerce e parcialmente prejudicado pelas dificuldades enfrentadas na operação da Squid.
Bemobi (BMOB3)
A empresa de tecnologia deve apresentar um crescimento de receita explicado principalmente pelos segmentos de pagamentos e subscrições. Por conta da crescente contribuição do segmento de subscrições, que possui menores margens, a margem consolidada da companhia deve mostrar algum nível de compressão.
Magazine Luiza (MGLU3)
Segundo os analistas do Itaú BBA, a desaceleração em vendas nas mesmas lojas em comparação ao trimestre anterior, porém, o número ainda deve ser positivo, com crescimento anual de cerca de 13%. Além disso, o resultado de Magazine Luiza (MGLU3) deve se beneficiar de maiores receitas de serviços e deve apresentar uma ligeira expansão de margem bruta frente ao segundo trimestre.
Espaçolaser (ESPA3)
As vendas no sistema amplo devem apresentar crescimento tímido, de cerca de 5% frente ao terceiro trimestre do ano passado, ao mesmo tempo em que os custos devem aumentar. Com isso, é esperado que haja queda nas margens da empresa. Por fim, a Espaçolaser deve continuar sendo penalizada por seu elevado nível de endividamento, o que deve fazer com que a última linha do resultado mostre prejuízo.
Boa Safra (SOJA3)
Devido às condições climáticas desafiadoras no Centro Oeste do Brasil, que causaram a postergação do ciclo da soja, entendemos que o resultado do terceiro trimestre da Boa Safra deve ser mais fraco em comparação ao terceiro trimestre de 2023.
Energisa (ENGI11)
Com um crescimento de 4,5% de volume de energia vendida e redução de 11bps nas perdas (ambos já divulgados na prévia operacional), o segmento de distribuição deve entregar bons resultados, apesar de números mais baixos do IGP-M estarem limitando o crescimento da receita da companhia. Quanto aos outros segmentos, esperamos resultados sem eventos relevantes
Alupar (ALUP11)
No segmento de transmissão, esperamos que a entrada integral da linha ELTE em operação deva impulsionar os resultados. Na parte de geração, acreditamos que o impacto de “curtailments” (energia gerada e não utilizada para atender à demanda) deve ser expressivo, no entanto, os segmentos hídrico e de “trading” de energia podem compensar esse efeito.
Lojas Renner (LREN3)
Esperamos para este balanço uma aceleração na métrica de vendas nas mesmas lojas e uma expansão de margem bruta. Além de um forte desempenho de vendas nas lojas, os números do trimestre devem ser beneficiados pela expansão da carteira de crédito da Realize.
CPFL (CPFE3)
O segmento de geração deve ser o destaque negativo do trimestre, uma vez que tende a ser bastante impactado por curtailments (energia gerada e não utilizada para atender à demanda). Em nossa opinião, o efeito pode chegar a cerca de 27% do total da energia gerada no trimestre. Já o segmento de distribuição deve apresentar resultados neutros.
8 de novembro
M. Dias Branco (MDIA3)
Por fim, M. Dias Branco. Os analistas do Itaú BBA apontam um trimestre desafiador para a companhia, marcado por espaço limitado para aumento de preço (dados do IPCA mostram inflação de 1% em massas e biscoitos). Além disso, em decorrência da desvalorização cambial e do aumento do custo do trigo, é provável que a empresa apresenta uma margem decrescente frente ao primeiro semestre.
Leia a seguir
- Ânima (ANIM3)
- Boa Safra (SOJA3)
- C&A (CEAB3)
- Caixa Seguridade (CXSE3)
- COGNA ON (COGN3)
- Copel (CPLE3, CPLE6)
- CPFL Energia (CPFE3)
- Eletrobras (ELET3, ELET6)
- Eletromídia (ELMD3)
- Energisa (ENGI11)
- Grupo Guararapes (GUAR3)
- Locaweb (LWSA3)
- Lojas Renner (LREN3)
- Magazine Luiza (MGLU3)
- Minerva Foods (BEEF3)
- Petrobras (PETR3, PETR4)
- PetroReconcavo (RECV3)
- Smart Fit (SMFT3)
- TOTVS (TOTS3)