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Auren (AURE3) faz nova aquisição para expandir gestão de energia de grandes clientes
Empresas citadas na reportagem:
A Auren, empresa de energia que nasceu da reorganização societária dos ativos do grupo Votorantim e do fundo canadense CPP Investiments, anunciou que comprou a Esfera Energia, companhia que atua na área de gestão de energia no mercado nacional, para reforçar seu braço de comercialização de energia no segmento varejista e junto a clientes de médio e grande portes. O valor da transação não foi divulgado.
A nova aquisição da companhia se deve à recente abertura do mercado livre para a média e alta tensão após a Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, divulgada no fim de 2022. Ao Valor, o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Auren, Mario Bertoncini, diz que, no contexto de liberalização massificada do mercado livre, é preciso haver um entendimento maior deste novo cliente.
“Nos últimos anos, constituímos um ecossistema de empresas, que passou por telemetria, com a Way2. Depois investimos em inteligência artificial e algoritmos, com a compra da Aquarela; no conhecimento do consumidor de pessoa física, com a empresa Flora; e, mais recentemente, a nossa parceira com a operadora Vivo para avançar no segmento varejista”, diz Bertoncini.
Esfera + AES Brasil
A companhia já é a maior comercializadora de energia do país, mas agora também se destaca em segmentos onde antes não tinha presença significativa. Um outro aspecto de interesse da Auren (AURE3) na Esfera é a gestão de energia de grandes clientes, já que a empresa gerencia cerca de 6% da energia consumida no Brasil. Atendendo a 570 grupos empresariais e administrando aproximadamente 1.600 contratos no mercado livre, a Esfera possui 142 unidades geradoras em sua carteira e faturou R$ 324 milhões em 2023.
O executivo diz que o investimento foi feito com recursos próprios e é o segundo negócio feito pela Auren em menos de um mês. Em 15 de maio, a companhia anunciou a combinação de negócios com a AES Brasil, o que fez a alavancagem da empresa sair de 1,8 para 4,9 vezes.
“O negócio não tem impacto material porque a Esfera traz resultados. Ela é uma empresa que opera em um nível de alavancagem muito baixo e o que ela agrega em termos de resultados, Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] e de margens é superior a qualquer alavancagem com a aquisição”, acrescenta.
Apesar de a Auren ter adquirido 100% do controle, a gestão da empresa continuará como um negócio independente, com equipe e escritórios distintos. O acordo prevê também que os antigos sócios da empresa também sigam na liderança da companhia. O diretor-presidente da Esfera, Braz Justi, lembra que em 2021, a empresa começou a buscar este cliente de varejo, mas que chegou com volume a partir de 2024.
Entre os motivos para a venda, Justi destaca a possibilidade de integrar a Esfera a uma grande plataforma de atendimento ao cliente. Além disso, a Auren possui uma considerável capacidade de investimento em sistemas computacionais para explorar um mercado em rápido crescimento. “Esses pilares foram os principais fatores que influenciaram nossa decisão de abrir mão do controle da companhia para nos unirmos a uma plataforma maior”, justifica.
Com informações do Valor Econômico
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