Brasileiros gastam três vezes mais com bets do que com ensino superior, mostra especialista
Os brasileiros gastam quase três vezes mais com apostas online do que com ensino superior, segundo Alexandre Nicolini. Em 2019, o ensino superior privado faturava R$ 70,9 bilhões, enquanto as bets embolsam R$ 188 bilhões por ano. O Banco Central aponta que beneficiários do Bolsa Família gastam R$ 36 bilhões em apostas online, metade do faturamento do ensino superior. Além disso, o gasto descontrolado com bets criou 1,3 milhão de inadimplentes, segundo a CNC.
As famosas bets, ou apostas online, têm tomado conta dos noticiários. E isso vai além dos recentes casos envolvendo o cantor Gusttavo Lima e a advogada Deolane Bezerra.
Afinal de contas, os gastos dos brasileiros com as bets também é outro motivo para acendermos um alerta. Tanto que recentemente o Itaú Unibanco (ITUB3, ITUB4) trouxe um estudo que pontua que mais de R$ 68 bilhões foram desembolsados pelos apostadores em 12 meses.
Gastos com apostas online superam custos com educação
Desse modo, Alexandre Nicolini, especialista em design curricular e avaliação da aprendizagem, fez um comparativo das bets com o ensino superior.
E veja só: o gasto com as apostas online é quase três vezes maior do que o custo com o ensino superior, por exemplo.
“Segundo o Semesp, em 2019, o ensino superior privado faturava anualmente R$ 70,9 bilhões. Segundo a Lei 14.790/2023, que regulamenta as empresas de apostas online, as bets embolsam limpo R$ 188 bilhões por ano para custeio das atividades. Ou seja, o gasto com os jogos é três vezes maior do que com o ensino superior”, afirma Nicolini.
Ainda de acordo com o especialista, o Banco Central aponta que a quantia paga por ano em apostas online pelos beneficiários do Bolsa Família é de R$ 36 bilhões. “Ou seja, esse valor corresponde à metade do faturamento de um setor como o ensino superior, que colabora com o desenvolvimento do país”, analisa.
Apostas online trouxe 1,3 milhão de inadimplentes
Além disso, os custos dos brasileiros com as bets também trouxeram dívidas. E os dados são da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Portanto, de acordo com a instituição, o gasto descontrolado dos jogadores, compulsivos ou não, criaram 1,3 milhão de inadimplentes.
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