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5 motivos para investir nos EUA, mesmo se houver recessão
O ano de 2022 da economia americana pode ser resumido em: economia desacelerando, inflação alta com as máximas de 40 anos, reação abrupta do Federal Reserve na elevação dos juros e a realização de forte aperto monetário, medidas que desestimulam investimentos na tentativa de reduzir a inflação, apontando para um cenário contracionista.
No momento a grande discussão é se haverá uma recessão nos Estados Unidos e quando ela acontecerá. No mercado, uma parcela relevante dos profissionais que fazem projeções acredita que haverá sim uma recessão. Essa parece ser o movimento mais antecipado da história, vide gráfico abaixo.
A verdade? Não sabemos se o PIB dos EUA de fato entrará em retração. O cenário atual leva a crer que sim, mas o mundo e a economia são imprevisíveis e esse não deveria ser um fator para você deixar de investir no país.
Vou dar aqui alguns motivos a se considerar…
E se houver recessão?
1. Não sabemos qual será a intensidade e o que já está ou não incorporado nos preços dos ativos. Considerando que o gráfico acima mostra as expectativas já presentes, e que os preços dos ativos podem potencialmente refletir essas expectativas, a pergunta que fica é: A retração já não estaria precificada?
2. Recessões são comuns na história americana. Segundo o site The Balance, desde 1893, houve 19 episódios de retração econômica nos EUA. A despeito disso, a economia do país tem se mostrado resiliente, atravessando diferentes crises conseguindo se manter maior do mundo até hoje.
3. Em média, o S&P500 historicamente perde cerca de um terço de seu valor durante esses períodos. Então, de fato parece haver espaço para maiores realizações olhando essa estatística. Não sabemos, pois trata-se de renda variável. A boa notícia é que, olhando a história, o índice atingiu suas mínimas exatamente durante recessões – vide gráfico abaixo. Logo, a recessão poderia ser um possível indicativo para aqueles que têm desejo e apetite a risco para investir em ações.
Lembrando que o investimento em ações exige paciência. Olhando o histórico, tal paciência parece ter sido recompensada. O gráfico abaixo compara o desempenho durante recessões e olhando 12 ou 24 meses após recessões.
4. Investir através do mercado americano não significa que você tenha que investir nos EUA de fato. Para os mais reticentes, lembro que existe uma miríade de ETFs e fundos que propiciam um investimento efetivamente global, em diferentes geografias. Vemos, inclusive, que a precificação relativa, comparando mundo com os EUA, os múltiplos preço/lucro e os rendimentos de dividendos (dividend yield) dos países desenvolvidos se mostram baixos comparados ao mercado americano. Os gráficos abaixo comparam a relação Preço/Lucro do MSCI World (exceto EUA) e a diferença de dividend yield entre EUA e o mundo.
5. Olhando para o passado – e não há garantia de que ele irá se repetir – vemos que os bonds tiveram boa performance em momentos de recessão. Não por acaso, você que nos acompanha aqui sabe que tenho “batido nessa tecla” da alocação em renda fixa nos EUA.
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