Morning call: em sessão marcada pelo fechamento do mês, bolsa repercute EUA

Na última sessão do mês, Ibovespa caminha para melhor desempenho mensal em três anos

Painel mostra desempenho do mercado de ações na B3, a bolsa brasileira - Foto: Daniel Texeira/Estadão Conteúdo
Painel mostra desempenho do mercado de ações na B3, a bolsa brasileira - Foto: Daniel Texeira/Estadão Conteúdo

Qual será o comportamento da bolsa de valores no morning call de hoje e neste fechamento do mês? Vale lembrar que o Ibovespa registrou ontem queda de 0,29% (126.165,64 pontos).

No entanto, o principal índice da bolsa brasileira acumula só em novembro alta de 11,51%; no ano, sobe 14,97%. Além disso, na última sessão do mês, o Ibovespa caminha para obter o melhor desempenho mensal em três anos – desde novembro de 2020, quando marcou 15,90% de valorização. O dólar, por sua vez, avançou 0,32% e ficou cotado a R$ 4,8876.

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Entre os destaques da agenda econômica de hoje, e que podem repercutir no mercado, está a reunião do Conselho Monetário Nacional, a PNAD Contínua, com a taxa de desemprego do IBGE, e a divulgação do Índice de preços de gastos em consumo (PCE) de outubro nos Estados Unidos.

Vem queda dos juros nos EUA?

Assim, entre esses dados econômicos do dia no radar dos agentes financeiros, o principal deles é o índice de preços de gastos com consumo dos Estados Unidos. Afinal, esse é o principal indicador de inflação observado pelo Fed (Federal Reserve, o banco central americano) na formulação de sua política monetária.

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Dessa forma, o número inflacionário chega às vésperas da última decisão de juros de 2023, marcada para a segunda semana de dezembro.

O novo PCE não deve mexer no consenso de que o Fed vai manter mais uma vez a taxa no intervalo de 5,25% a 5,50%. Contundo, certamente promete dar pistas mais concretas do rumo dos juros americanos ao longo de 2024.

Há entre os integrantes da autoridade monetária uma divergência entre seguir com o discurso de que o aperto será longo ou abrir espaço para indicar quando o afrouxamento poderá ser iniciado.

O que pensam os grandes nomes do mercado

Na véspera, o presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, chamou de prematuro o debate sobre cortes de juros, em razão dos riscos inflacionários ainda elevados. Porém, entre os grandes nomes do mercado já há quem considera que o Fed vai ter que antecipar o ciclo de redução.

Um deles é o célebre investidor Bill Ackman, CEO da Pershing Square, que em entrevista à Bloomberg News apostou em queda já no primeiro trimestre de 2024.

Ackman alertou para o fato de a taxa real de juros estar aumentando e ficando mais restritiva à medida que a inflação diminui. Para ele, isso pode contribuir para um enfraquecimento maior da economia americana.

“Acho que há um risco real de um pouso brusco se o Fed não começar a reduzir as taxas muito em breve”, disse.

Assim, um PCE mais fraco tende a alimentar o argumento de que o Fed irá antecipar o corte dos juros. E como isso afeta a bolsa brasileira?

Bom, a queda das taxas reduz os prêmios dos títulos públicos americanos e estimula a busca dos investidores globais por ativos de riscos.

Logo, o mercado de ações doméstico pode ser um dos destinos desse dinheiro estrangeiro.

Bolsas asiáticas

No morning call desta quinta-feira (30), os mercados acionários da Ásia tiveram pregão em geral positivo. Na China, a Bolsa de Xangai subiu, mas Shenzhen recuou, em meio a avaliações sobre o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do país.

Em Tóquio, o quadro foi mais positivo, com expectativa antes de dados importantes hoje nos Estados Unidos, sobretudo o índice de preços de gastos com consumo (PCE).

A Bolsa de Xangai fechou em alta de 0,26%, em 3.029,67 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,35%, a 1.970,11 pontos.

PMI e seus impactos no morning call

O PMI da indústria da China recuou de 59,5 em outubro a 49,4 em novembro, na leitura oficial, quando analistas ouvidos pela FactSet previam 49,7.

O PMI de serviços caiu de 50,6 em outubro a 50,2 em novembro, quando se esperava 51,0, neste caso. Entre ações em foco, montadoras puxaram as baixas, com BYD em queda de 1,4% e Great Wall Motor, de 1,6%. Já papéis de empresas de telecomunicações e ligadas a serviços aos consumidores se saíram bem. China Mobile subiu 2,8% e Shanghai Jinjiang International Hotels, 6,4%.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em alta de 0,50%, em 33.486,89 pontos, encerrando na máxima do dia. Entre os melhores desempenhos, a ação da Advantest subiu 4,3%, NEC avançou 3,9% e Makita, 3,6%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve ganho de 0,29%, a 17.042,88 pontos. Em Taiwan, o Taiex subiu 0,36%, para 17.433,85 pontos.

Na Bolsa de Seul, o índice Kospi subiu 0,61%, a 2.535,29 pontos, com fechamento na máxima diária. A praça sul-coreana chegou a cair em parte do dia, mas ganhou impulso, apoiada por ações ligadas a baterias, semicondutores e transporte marítimo de cargas.

Na agenda local, o Banco Central da Coreia manteve os juros, mesmo que tenha elevado projeções para inflação neste ano e no próximo.

Bolsas na Oceania

Na Oceania, o S&P/ASX 200 fechou com ganho de 0,74%, a 7,087,30 pontos. Ações dos setores financeiro, de tecnologia e da indústria estiveram entre os ganhos, o que compensou perdas em concessionárias neste morning call.

Macquarie subiu 2,1% e as seguradoras se saíram bem, com Suncorp e IAG em altas de 2,5% e 3,1%, respectivamente.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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