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Morning call: mercado opera em marcha lenta, com ‘big techs’ e decisões de juros no foco
No morning call desta terça-feira, as atenções do mercado estão voltadas para o encontro do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e os oito diretores do Comitê de Política Monetária, o Copom. A reunião que começa hoje irá decidir o rumo da taxa básica de juros brasileira, a Selic.
A decisão do Copom será anunciada na quarta-feira (31), após o fechamento do mercado. É quase unanimidade que o comitê vai manter a Selic em 10,5% ao ano. O foco, portanto, é o comunicado das autoridades, que acompanha a decisão de juros.
O mercado espera um tom mais duro do comunicado. Na segunda-feira, o relatório Focus trouxe a segunda elevação seguida das projeções para a inflação, medida pelo IPCA em 2024 e 2025. Assim, este fator pode justificar uma postura mais conservadora do colegiado.
EUA e Japão também decidem juros
Da mesma forma, nos EUA, as apostas majoritárias do mercado sinalizam que o Fed manterá as taxas de juros nos níveis atuais, no intervalo de 5,25% a 5,50%.
Diante disso, investidores e operadores de mercado irão ficar atentos ao comunicado e aos comentários do presidente da autarquia, Jerome Powell, na busca por pistas sobre o início da flexibilização da política monetária.
Já o Banco do Japão (BoJ) anuncia sua decisão de juros na madrugada de quarta. Há uma ampla expectativa entre os agentes de mercado quanto a uma elevação na taxa de depósito, que hoje está no intervalo entre zero e 0,1%.
Caso o movimento de aperto monetário no Japão se concretize, ele pode impactar a dinâmica do real aqui no Brasil. Em razão da operação conhecida no mercado financeiro como carry trade, de tomar empréstimo em país de juros baixos e aplicar naquelas de taxas altas.
Microsoft abre semana de balanço das Big Techs
No front corporativo, o destaque fica com os balanços. A Microsoft divulga seus resultados nesta terça, enquanto a Apple publica na quinta-feira.
A Meta, dona do Facebook e do Instagram, e a Amazon também divulgam suas demonstrações financeiras mais para o final da semana.
Morning call: como foi o fechamento?
Os juros futuros fecharam o pregão de segunda-feira em leve alta. Enquanto isso, a nova rodada de piora nas expectativas de inflação no Boletim Focus continuou a gerar desconforto entre os participantes do mercado. Há dúvidas sobre a necessidade de endurecimento da retórica do Copom nesta semana.
Na bolsa de valores, o Ibovespa caiu pressionado pelo recuo dos papéis da Petrobras, em meio à possibilidade de a estatal ter feito uma oferta pela participação majoritária no Campo de Mopane, na Namíbia. Também contribuiu para a queda das ações da petroleira o recuo do petróleo no mercado internacional. As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras cederam 2,52% e 2,02%, respectivamente, diante da chance de a petroleira aumentar seus ativos e diminuir a distribuição de dividendos
No fim do dia, o índice caiu 0,42%, aos 126.954 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h45) foi de R$ 13,14 bilhões no Ibovespa e R$ 17,54 bilhões na B3.
Morning call: como fecharam as bolsas em NY?
Os principais índices acionários de Nova York fecharam a segunda rondando a estabilidade. Nos EUA, os investidores também se preparam para a decisão de juros do Fed, na quarta-feira. Há ainda a expectativa pelos balanços de algumas das principais big techs norte-americanas.
Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,12%, aos 40.539,93 pontos; e o S&P 500 subiu 0,08%, a 5.463,54 pontos. Já o índice eletrônico Nasdaq avançou 0,07%, a 17.370,20 pontos.
Bolsas da Ásia fecham em queda; Japão é exceção à espera de decisão de juros do BoJ
As bolsas da Ásia fecharam a terça-feira em queda com o fim da reunião na China do Politburo (reunião do comitê executivo do Partidos Comunista). A exceção foi o Japão que fechou em alta antes da realização da reunião do comitê de política monetária do Banco do Japão (BoJ) nesta quarta (fim da noite de terça pelo horário de Brasília).
Japão
No Japão, o índice Nikkei subiu 0,15% a 38525,96 pontos, apagando perdas iniciais em um provável ajuste de posições antes da decisão do BoJ. “Participantes do mercado estão acompanhando a decisão e em quaisquer medidas mais claras que indiquem redução de compras de títulos do governo japonês (JGB) nos próximos anos”, disse Yeap Jun Rong, analista do IG. Entre os melhores desempenhos do Nikkei estavam Chugai Pharmaceutical com alta de 3,3% e OMRON Corp. que subiu 3,0%.
Para Eiji Kinouchi, analista da Daiwa Securitires, o BoJ está preso em um dilema entre o enfraquecimento do iene e a alta dos yields dos títulos do governo. “Embora o banco precise manter um tom hwakish para impedir a desvalorização do iene, ele não quer elevar os yields de longo prazo, considerando a recente lentidão em investimentos de capital”, afirmou.
Hong Kong e China continental
As ações de Hong Kong e da China continental fecharam em queda depois que a reunião do Politburo terminou sem que os líderes chineses indicassem com clareza quais serão as medidas de apoio ao crescimento. Os líderes também sinalizaram que há desafios mas que conseguirão atingir a meta.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,4% a 17002,91 pressionado pela queda de 12% da Hang Lung Properties e a Xiaomi recuou 3%. Já na China continental o índice Xangai caiu 0,4% a 2879,30, pressionado pela queda de 5,2% na petrolífera Cnooc e do recuo de 3,9% da PetroChina.
O índice Kospi da Coreia do Sul recuou 1% a 2738,19 pressionado por quedas nas ações financeiras e de semicondutores. Fabricantes de chips locais que acompanham as ações da Nvidia (-0,40% no pré-mercado de NY às 6h30) caíram durante a noite. SK Hynix – que fornece chips para Nvidia- recuou 3,4% com noticias de que a Apple não vai mais usar os processadores de IA da Nvidia. Woori Financial Group caiu 4% com realização de lucros após ganhos recentes.
Na Índia, por volta das 6h30, o índice Sensex subia 0,34% a 81.614,88 pontos depois de abrir a sessão em queda pressionado por balanços negativos do segundo trimestre.
Com informações do Valor Econômico.
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