Morning call: fim de agenda econômica intensa deve levar mercado a focar no Copom

Confira no morning call como foi o fechamento da bolsa de valores na véspera e entenda o que esperar desta quinta-feira.

O morning call desta quinta-feira (13) indica que passadas as divulgações do PIB de 2024, da inflação oficial do País e do anúncio de novas tarifas por Donald Trump, resta pouco para o mercado repercutir hoje. A agenda econômica então se resume a conhecermos os dados de janeiro do setor de serviços. O dado é do IBGE.

Assim, naturalmente o mercado volta seu foco para o Comitê de Política Monetária (Copom). O comitê se reúne na próxima semana para decidir sobre a nova taxa básica de juros da economia. A Selic deve receber novo aumento, nova dose de um ponto percentual, e chegar a 14,25% ao ano.

Mais cedo, a Inteligência Financeira publicou reportagem indicando que a inflação medida pelo IPCA em 5,06% é a maior em 12 meses desde setembro de 2023. Com isso, a conclusão é de que uma sinalização do comitê no sentido de reduzir a Selic está distante. O Copom se reúne nos dias 18 e 19 de março.

Pelo sim, pelo não, a inflação dos alimentos segue como uma preocupação do governo federal. O café, por exemplo, alvo de medidas de contenção por parte do Palácio do Planalto, subiu mais de 10% em fevereiro. Não foi a maior alta do IPCA, mas continua preocupando.

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    Por falar em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou hoje detalhes do programa de crédito consignado privado. É o primeiro movimento no sentido de efetivamente recuperar a popularidade perdida neste início de ano. Mais para frente espera-se um segundo movimento importante: o aumento da isenção do Imposto de Renda. As regras para a declaração de 2025 foram divulgadas hoje, inclusive.

    Morning call: lembre o desempenho de quarta-feira

    Em um pregão marcado pelo baixo giro financeiro negociado, o Ibovespa encerrou a quarta-feira em leve alta, de 0,29%, aos 123.866 pontos. Durante a sessão, o índice passou por um dia de forte volatilidade e oscilou entre os 122.969 pontos e os 124.048 pontos.

    Segundo agentes financeiros, novas retaliações de países afetados pela política tarifária do presidente americano, Donald Trump, deixaram os investidores em compasso de espera e ajudaram a segurar o índice, assim como o recuo dos papéis da Vale.

    As ações da mineradora tiveram queda de 1,25%, enquanto os papéis da Petrobras registraram movimento misto: os PN fecharam no zero a zero, ao passo que os ON subiram 0,36%.

    O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 13 bilhões e de R$ 17,9 bilhões na B3. Em Wall Street, o movimento foi misto: o Nasdaq teve alta de 1,22%; o S&P 500 subiu 0,49%; e o Dow Jones teve queda de 0,20%.

    Ações da Azzas em queda livre

    Entre as maiores altas do índice ficaram os papéis da RD Saúde, que subiram 5,03%. Hoje, os analistas do Goldman Sachs cortaram o preço-alvo dos papéis de R$ 29 para R$ 25, mas reiteraram a recomendação de compra.

    Na ponta contrária, as ações da Azzas 2154 responderam pelas maiores quedas, no valor de 12,11%.

    Na quarta-feira, a companhia divulgou os números do seu balanço.

    Na visão dos analistas do JPMorgan, os números abaixo do esperado foram fruto de uma deterioração nas margens e alta na base de custos e de despesas. Já a equipe do Goldman Sachs afirmou que os resultados foram positivos, mas que a fusão com o Grupo Soma ainda pressiona a lucratividade.

    Com informações do Valor Econômico

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