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Morning call: IPCA e CPI de março dominam as atenções na Super Quarta de inflação
O morning call de hoje destaca que as divulgações do IPCA no Brasil e do CPI nos Estados Unidos vão ditar o ritmo dos negócios nesta Super Quarta de inflação. Além disso, a ata da última decisão de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) também será analisada pelos agentes financeiros.
Tanto o IPCA quanto o CPI serão revelados entre 9h e 9h30. Ou seja, antes da abertura dos negócios na bolsa de valores. Os dois indicadores inflacionários saem em um momento em que se discute até onde a Selic pode cair no Brasil e quando finalmente o Fed vai abrir o ciclo de cortes dos juros.
Já a ata do Fed, prevista para 15h, deve trazer mais detalhes do encontro que sustentou a taxa americana em 5,25% a 5,50% pela quinta vez seguida.
O que esperar?
Aqui, pela mediana das estimativas do último Boletim Focus, o IPCA de março deve desacelerar a 0,24% depois de subir 0,83% em fevereiro. Se o resultado for confirmado, a taxa em 12 meses da inflação brasileira deve baixar de 4,50% para 4,01%.
Mais uma vez aqui no morning call, a inflação de serviços estará nos centro das atenções. Os analistas têm reiterado que o mercado de trabalho aquecido e o aumento de salários no país tendem a colocar pressão sobre os preços, especialmente os mais duradouros no bolso dos consumidores.
Portanto, olho nesse recorte, que pode inclusive afetar as projeções do mercado para a Selic terminal. Contudo, vale frisar que o Boletim Focus não trouxe ajustes na véspera. A mediana para a taxa básica de juros no final do ciclo continua em 8,5%.
Lá fora, conforme as Projeções Broadcast, o CPI de março deve ter variado 0,3% após a alta de 0,4% em fevereiro. Nesse sentido, a inflação em 12 meses nos Estados Unidos deve ir a 3,4% em março, acima da taxa de 3,2% registrada no mês anterior.
Enquanto isso, o núcleo do CPI, que desconsidera itens voláteis como energia e alimentos, deve desacelerar de 0,4% em fevereiro para 0,3% em março, de acordo com os analistas. A alta anual, assim, aliviaria de 3,8% para 3,7%.
Vale reforçar neste morning call que os números ainda estão bem acima da meta de inflação de 2% perseguida pelo Fed ao longo do horizonte.
Em suma, se o resultado vier pior que o esperado, praticamente irá consolidar a visão de que a flexibilização dos juros no país vai começar apenas no segundo semestre.
Bolsas da Ásia fecham em baixa, após Fitch rebaixar perspectiva da China
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, após a Fitch rebaixar a perspectiva do rating soberano chinês e com investidores demonstrando cautela antes da publicação de novos dados da inflação dos EUA.
Na China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,70%, a 3.027,33 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve queda de 1,74%, a 1.720,28 pontos.
Mais cedo, a Fitch rebaixou sua perspectiva para a nota de crédito soberana A+ da China, de estável para negativa, em função dos “crescentes riscos” às finanças do gigante asiático. Em resposta, o Ministério de Finanças chinês disse que a dívida do país é “administrável” e está “sob controle”.
Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei caiu 0,48% em Tóquio, a 39.581,81 pontos, e o Taiex registrou leve perda de 0,16% em Taiwan, a 20.763,53 pontos. Já a bolsa de Seul não operou hoje devido a eleições parlamentares na Coreia do Sul.
A falta de apetite por risco na região asiática também precede a divulgação, nas próximas horas, de números mensais da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que podem influenciar as expectativas para futuros cortes dos juros básicos americanos. À noite, está prevista atualização da inflação mensal da China, tanto ao consumidor (CPI) quanto ao produtor (PPI).
Exceção, o Hang Seng driblou o mau humor predominante na Ásia e subiu 1,85% em Hong Kong, a 17.139,17 pontos, apoiado por ações de tecnologia e financeiras.
Na Oceania, a bolsa australiana encerrou a sessão com ganhos, aproximando-se ainda mais de sua máxima histórica, à medida que ações de mineradoras foram impulsionadas pela força recente dos preços do minério de ferro. O S&P/ASX 200 avançou 0,31% em Sydney, a 7.848,50 pontos.
Ibovespa perto dos 130 mil pontos; bolsas de NY ficaram estáveis
Na véspera, a bolsa brasileira engatou um segundo pregão de alta e o Ibovespa chegou a flertar com o patamar de 130 mil pontos. O índice de referência do mercado local avançou 0,80%, aos 129.890 pontos .
Também prolongando o movimento de depreciação, o dólar perdeu mais força ante o real. A moeda americana, que tocou R$ 5,10 na semana passada, fechou em queda de 0,47%, cotada a R$ 5,007.
Em Wall Street, as bolsas americanas ficaram estáveis antes do CPI e da calibragem das expectativas para os juros. Dow Jones caiu 0,02%, S&P subiu 0,14% e Nasdaq teve ganho de 0,32%.
Com informações da Dow Jones Newswires e do Estadão Conteúdo.
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