IF Hoje: Mercado repercute os balanços de empresas que dependem do consumidor doméstico
Resultados de empresas que dependem do mercado interno, divulgados ontem após o fechamento do mercado, pioraram
Os investidores no mercado financeiro brasileiro vão terminar a semana repercutindo muitos balanços corporativos importantes divulgados após o encerramento do expediente na quinta (12).
O grande destaque ficou com as empresas que dependem do mercado consumidor doméstico, que não tiveram um bom segundo trimestre.
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A Via (antes, Via Varejo) viu seu lucro recuar 95% em relação ao mesmo período de 2021, a R$ 6 milhões. O Magazine Luiza registrou prejuízo líquido de R$ 135 milhões no intervalo de abril a junho, revertendo o lucro líquido de R$ 95,5 milhões de um ano antes.
A Americanas teve prejuízo de R$ 97,9 milhões no segundo trimestre, multiplicando por quatro as perdas de R$ 22,8 milhões do mesmo período de 2021. A Natura registrou um prejuízo líquido de R$ 766 milhões no segundo trimestre deste ano, revertendo o lucro líquido de R$ 235 milhões de um ano antes. Depois de uma sequência de trimestres com crescimento no lucro, a empresa de moda Arezzo &Co registrou queda de 9,1% no resultado líquido, que atingiu R$ 120,45 milhões nos três meses encerrados em junho.
Como afeta os investimentos?
Uma das chaves para o investimento no mercado financeiro é antecipar eventos e tendências relativos aos ativos. Não é exatamente novidade que as empresas que dependem do consumo doméstico estavam cambaleando. A ação do Magazine Luiza, por exemplo, já perdeu 55% do valor neste ano. A das Americanas, 56%. Agora, os investidores vão estudar as perspectivas para o setor.
O movimento do comércio vinha fraco, como mostrou o indicador de vendas do varejo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quarta (10). A pesquisa mensal do comércio apontou queda generalizada em junho, muito devido à inflação, que está corroendo o poder de compra das famílias. Nos últimos dias, porém, tem havido sinais animadores de desaceleração dos preços, o que reforça o otimismo dos analistas de que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) não vai mais aumentar a taxa de juros do país após elevar a Selic em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano. O recuo da infllação e o fim da trajetória de aumento dos juros ajudariam muito o varejo e as empresas que vendem no mercado interno. Se os investidores acharem que as companhias já bateram no fundo do poço, é possível que voltem a comprar as ações das que julgarem mais preparadas para surfar numa retomada.
Agenda do dia
- Balanços antes da abertura dos mercados (Brasil): Ser Educacional
- 6h – Zona do Euro: Produção industrial (junho)
- Balanços após o fechamento dos mercados (Brasil): Eletrobras, Cosan, Cemig, M Dias Branco, Mobly