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IF Hoje: Investidores se ajustam a perspectivas de Selic alta por mais tempo
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu, na quarta-feira (7), manter a taxa básica de juros da economia brasileira em 13,75% ao ano. A medida era amplamente esperada pelo mercado financeiro, mas os comentários feitos pelo comitê ao explicar a decisão devem fazer os investidores ajustar um pouco suas posições.
A autoridade monetária foi bastante dura ao salientar que pode voltar a aumentar a taxa Selic caso sua expectativa de desaceleração da inflação não se realize. Entre os maiores riscos para esse cenário está o aumento das incertezas fiscais com a mudança de governo.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já sinalizou a sua disposição de gastar mais com benefícios sociais. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, aprovada em votação em segundo turno no plenário do Senado na noite de quarta, amplia o teto de gastos em R$ 175 bilhões e deixa o Bolsa Família de R$ 600 fora da regra por dois anos.
Os analistas do mercado, que vinham prevendo uma redução da taxa de juros a partir do final do primeiro semestre de 2023, agora acreditam que a Selic deve permanecer no atual nível por mais tempo, até que o BC tenha mais visibilidade de como a nova administração federal vai levar as contas.
Como afeta os investimentos?
Com a manutenção dos juros elevados, ativos de risco como as ações de empresas negociadas na Bolsa de Valores continuará menos atrativa do que as aplicações em renda fixa por mais tempo.
Agenda do dia
- 9h – Brasil: Vendas no varejo (outubro)
- 9h – Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE
- 10h30 – EUA: Pedidos de seguro-desemprego (semanal)
- 22h30 – China: Índice de preços ao consumidor (novembro)
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