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IF Hoje: Baixo crescimento do PIB da China e fala de Haddad em Davos são foco do investidor
Após um início de semana ruim para os mercados brasileiros, que sofrem com a desconfiança dos investidores em meio à crise instaurada pela Americanas (AMER3), uma nova oportunidade surgirá nesta terça-feira (17), com a volta do feriado nos Estados Unidos e promessa de maior liquidez nas bolsas.
No entanto, na noite de ontem, às 23h, a China divulgou os dados do seu PIB em 2022. Segundo o Departamento Nacional de Estatística, a economia chinesa cresceu 3% no ano passado, uma das menores taxas desde 1976. A economia chinesa sofreu com os repetidos bloqueios do Covid-19 que atingiram famílias e empresas.
Em 2021, o crescimento havia sido de 8,1%. A expectativa dos economistas é de uma recuperação neste ano. O dado deve reverberar nas bolsas pelo mundo ao longo desta terça.
Fórum de Davos
O outro grande evento do dia ocorre a 10 mil quilômetros de São Paulo. Trata-se da participação de Fernando Haddad no Fórum Econômico Mundial, na cidade de Davos, na Suíça.
Haddad disse, nesta terça-feira, que os detalhes do novo arcabouço fiscal, que vai substituir o teto de gastos, deverá ser definido até abril. Haddad fez o comentário a jornalistas presentes em Davos, nos Alpes suíços, para a cobertura do Fórum Econômico Mundial.
Ontem, o ministro da Fazenda afirmou, em sua chegada a Davos, que tratará da retomada do crescimento da economia brasileira com sustentabilidade fiscal, ambiental e justiça social, além de retomar compromissos históricos do Brasil, como combate ao desmatamento e energia renovável.
Na agenda, Haddad participará de um painel com a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, para falar dos novos desafios do Brasil.
Depois disso, terá um almoço com executivos do Itaú e um jantar com o BTG Pactual, onde vai conversar com empresários e agentes do mercado.
Inflação
Entre os principais indicadores do dia, no Brasil, às 10h, a Fundação Getúlio Vargas irá divulgar o IGP-10 de janeiro, trazendo a prévia da inflação com os preços coletados nos 10 primeiros dias do ano. O indicador serve como parâmetro para o mercado avaliar o comportamento dos preços após o Natal e os gastos de fim de ano.
Na Europa, o Reino Unido divulga dados de inflação ao consumidor (IPC) e ao produtor (IPP), além da taxa de desemprego no país. Alemanha e Itália também divulgarão, todos pela manhã, seus índices de inflação ao consumidor.
Estados Unidos
Nos Estados Unidos, o mercado volta do feriado com um volume acumulado de negociações.
Será divulgado pela manhã o Índice Empire State de Atividade industrial referente ao mês de janeiro. O índice funciona como um termômetro do setor industrial, feito através de uma pesquisa com 200 empresas no estado de Nova York. Para se entender, os valores acima de zero indicam melhoria nas condições, enquanto abaixo indica a piora. O índice atual é de -11,20 e a projeção é de -1.
Haverá também discurso de John Williams, executivo-chefe da representação do Federal Reserve de Nova York, além de membro do Comitê Oficial de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês). Os investidores tentam, através dessas falas, tentar alguma pista de como será o comportamento do comitê na próxima reunião de política monetária, marcada para fevereiro.
Mercado ontem
O mercado brasileiro teve ontem um pregão azedo diante do caso Americanas. O Ibovespa fechou em queda de 1,54%, a 109,2 mil pontos.
O pregão também foi marcado pela menor liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos.
Por aqui, os ativos locais sofreram com os rumores de um reajuste no salário mínimo superior aos R$ 1.320 previstos inicialmente.
O dólar à vista avançou 0,80%, a R$ 5,14, após uma semana de perdas. Na mesma toada, as taxas de juros futuros (DIs) fecharam hoje em forte alta. O contrato com vencimento em janeiro de 2025 era negociado a 12,65%, uma alta de 24 pontos base ante a abertura.
Entre as empresas, a Americanas derreteu quase 40%, a R$ 1,94.
Na contramão, as concorrentes Magalu e Via dispararam, com altas de quase 10% cada, na expectativa de ganhos de market share.
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