IF Hoje: Inflação nos EUA vem abaixo do esperado e pode definir pausa no ciclo de aperto monetário do Fed

Além da inflação americana, mercado olha decisão de juros do Canadá, confiança do consumidor em alguns países, inflação na Índia e vendas no varejo do Brasil

Preço da gasolina nos EUA, a partir de um posto no Brooklyn, em Nova York. Um americano gasta, em média, US$ 1,7 mil com o combustível no ano (Foto: Thaís Lima/IF)

Após o IPCA fazer a alegria dos investidores no pregão de ontem, hoje é a vez do mercado saber os números do CPI nos Estados Unidos, sigla em inglês para designar o índice de preços ao consumidor que traz os dados da inflação por lá.

Tanto lá, como foi aqui, a queda foi maior do que a esperada. O Índice de Preços ao Consumidor dos EUA subiu 0,1% em março, abaixo do esperado. Em fevereiro, o aumento foi de 0,4%. Nos últimos 12 meses, o índice de todos os itens aumentou 5,0% antes do ajuste sazonal.

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As projeções do mercado eram de alta de 0,2% na inflação de março e de 5,2% no acumulado de 12 meses. Os núcleos foram estimados para alta de 0,4% em março e 5,6% no ano.

Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou um comunicado ao Comitê Monetário e Financeiro do Fundo Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês), onde se comprometeu a aliar responsabilidade fiscal ao social enquanto estiver à frente da pasta.

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“A principal prioridade é manter a sustentabilidade fiscal e da dívida, ao mesmo tempo em que fortalece os programas sociais e o apoio aos mais pobres”, destaca Haddad no documento enviado em meio às reuniões de primavera que acontecem em Washington, nos Estados Unidos.

Popularidade de Lula

O governo do presidente Lula é considerado ótimo ou bom para 39% dos brasileiros, segundo pesquisa Ipec divulgada ontem. Para 30% dos entrevistados, a gestão é regular. Já aqueles que a avaliam como ruim ou péssima somam 26%. Outros 6% não souberam ou não responderam.

Em relação à pesquisa anterior, de 9 de março, a avaliação positiva de Lula oscilou dois pontos porcentuais para baixo, passando de 41% para 39%. Já a reprovação oscilou dois pontos para cima, de 24% para 26%.

Os entrevistados também foram questionados pelo Ipec sobre como avaliam a forma de Lula governar. Entre os entrevistados, 54% aprovam, ante 37% que desaprovam. No levantamento anterior, Lula tinha 57% de aprovação e 35% de desaprovação.

O instituto aponta ainda que pouco mais da metade dos brasileiros (52%) confia no presidente Lula, ante 44% que disseram não confiar.

Lula na China

O presidente Lula embarcou na manhã de ontem para a China e passará o dia de hoje em trânsito, com escala de duas horas em Abu Dhabi. A previsão é de chegada às 21h30 pelo horário local.

Agenda do dia

Estados Unidos reporta o IPC de março, anual e seus respectivos núcleos. As projeções do mercado são de elevação de alta de 0,2% na inflação de março e de 5,2% no acumulado de 12 meses. Os núcleos foram estimados para alta de 0,4% em março e 5,6% no ano.

A maior economia do mundo também divulga seu relatório de produção, vendas e estoque de petróleo e seus derivados.

Além disso, os EUA também irão reportar os dados de vendas de residências e de hipotecas.

Por fim, será divulgada a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) que determinou a elevação dos juros em 0,25 ponto percentual.

Brasil reporta vendas no varejo de janeiro e anual. O consenso espera alta de 3,2% em janeiro e 1,4% na taxa anual.

Índia também divulga sua inflação ao consumidor de março e anual.

O Banco do Canadá (BoC) vai divulgar sua decisão de juros. Os analistas projetam manutenção da taxa em 4,50% ao ano. O BoC vai conceder entrevista coletiva às 12h.

O gigante do norte também vai reportar pesquisa de Confiança do Consumidor, assim como México, Brasil e Argentina.

Mercado ontem

O mercado reagiu de forma muito positiva ao IPCA de março, abaixo das expectativas e dentro da meta de inflação, com o aumento da esperança de que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) inicie um ciclo de corte na taxa Selic .

Nesta terça-feira (11) o dólar fechou em queda de 1,17%, a R$ 5,0007, tendo passado boa parte do dia na faixa de R$ 4,99. Já o Ibovespa fechou em forte alta de 4,29%, aos 106.218 pontos, enquanto as taxas de juros futuros (DIs) recuam diante do dado de inflação, que voltou para os limites da meta, entre 1,25% e 4,75% ao ano.

Pela manhã, o IBGE informou que o IPCA ficou em 0,71% em março e em 4,65% no acumulado em 12 meses. A expectativa do mercado era de alta de 0,77% no mês e de 4,71% em um ano.

O contrato para entrega em junho do petróleo Brent – referência para Petrobras – fechou em alta de 1,70% a US$ 85,61 o barril, na ICE (Intercontinental Exchange), de Londres.

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