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Juros futuros sobem com redução das apostas em corte de juros nos EUA
Os juros futuros emendaram o quarto dia de aumento moderado, novamente seguindo o movimento dos Treasuries americanos. Lá, a alta das taxas respondeu a dados que mostraram um mercado de trabalho mais aquecido – e, por consequência, menor chance de redução da taxa básica de juros em março.
No fim do dia, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 tinha taxa de 10,050%, acima do ajuste anterior, de 10,033%. Na comparação com os ajustes da véspera, também subiram os contratos para janeiro de 2026 (9,641% para 9,700%), janeiro de 2027 (9,761% para 9,825%) e janeiro de 2029 (10,144% para 10,200%).
Aumentos da mesma magnitude ocorreram nos Estados Unidos. A taxa da T-Note de dois anos avançou x pontos-base, de 4,332% para 4,395%, mesmo movimento visto no papel de dez anos (3,906% para 3,995%). Durante o dia, a T-note de dez anos tocou o nível psicológico dos 4%.
Números do mercado de trabalho dos Estados Unidos foram o principal gatilho para o realinhamento das apostas na condução da política monetária do país hoje.
A ADP informou que o setor privado abriu 164 mil novas vagas de trabalho em dezembro, 31% acima da expectativa do mercado, de 125 mil. E o número de pedidos de auxílio-desemprego do país caiu a 202 mil na semana encerrada em 30 de dezembro, um número menor do que o consenso dos analistas, de 216 mil.
Esses números aumentaram o receio do mercado com o relatório mensal sobre o mercado de trabalho americano de dezembro, o payroll, que será publicado amanhã.
Segundo o economista da Terra Investimentos Homero Guizzo, esse ambiente de incerteza externa se sobrepôs aos fatores internos. Entre eles, o primeiro leilão de títulos públicos do ano, feito hoje, no qual o Tesouro vendeu todas as 7 milhões de Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) ofertadas e 4 milhões das 6 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN) oferecidas.
“O leilão de NTN-F foi muito bom, encontrou demanda firme no mercado e deveria derrubar as taxas, mas aconteceu o contrário: os DIs subiram porque o externo acabou atrapalhando”, diz Guizzo. “Os fatores locais deveriam empurrar as taxas prefixadas para baixo, mas foram mastigados e engolidos pelo ambiente externo.”
Com informações do Estadão Conteúdo
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