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Israel afirma que matou líder do Hezbollah em ataque em Beirute
Israel disse que matou Hassan Nasrallah, que, por mais de três décadas, foi líder do Hezbollah apoiado pelo Irã, liderando assim sua transformação na força não estatal mais fortemente armada do mundo. O grupo terrorista confirmou a morte do seu líder, segundo a agência Associated Press.
Nasrallah era uma figura quase messiânica que comandava a lealdade de dezenas de milhares de muçulmanos xiitas devotos.
Para seus inimigos, ele era acima de tudo um terrorista antissemita, que liderou um movimento responsável por centenas de mortes de americanos e israelenses.
Líder do Hezbollah
O clérigo de 64 anos era o líder mais importante entre as milícias aliadas do Irã, o Hezbollah. Israel, que o descreveu como “o ativo central” do eixo do Irã, afirmou neste sábado que matara o líder do Hezbollah em um ataque aéreo massivo no dia anterior no sul de Beirute.
Nasrallah assumiu o comando do Hezbollah há mais de três décadas, depois que um helicóptero israelense disparou um foguete contra um carro, incinerando seu antecessor, em 1992.
Mas ele expandiu o Hezbollah de uma milícia para um partido político com influência no governo libanês.
Venerado no Oriente Médio
Ele era venerado não só no Hezbollah, mas por muitos no Oriente Médio, como um líder que havia frustrado Israel duas vezes no campo de batalha. Primeiro, em uma campanha de guerrilha de décadas que encerrou a ocupação israelense do sul do Líbano. E, depois, novamente lutando contra Israel até um impasse em 2006.
Seus apoiadores estampavam seu rosto em outdoors e o exibiam fotos emolduradas em casas e chaveiros. Eles tocavam seus discursos de vitória em aparelhos de som nos carro, e estrelas pop cantavam sobre os feitos de seu grupo contra Israel. Algumas pessoas pediram até mesmo as roupas que ele usara.
Até mesmo os israelenses, que o veem como um inimigo, admitiram sua importância única. Um alto funcionário israelense, falando na sexta-feira em Nova York, disse que a morte de Nasrallah seria um grande golpe para o Hezbollah e o Irã. “Sua liderança poderosa é diferente”, disse o funcionário. “Algumas pessoas são insubstituíveis.”
Com informações do Valor Econômico.
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