Venda de medicamentos sem prescrição nos supermercados não reduziria inflação, avalia XP
A proposta de liberar a venda de medicamentos sem prescrição nos supermercados não deve avançar. Isso porque a medida seria insuficiente para compensar a pressão da inflação de alimentos. Bem como prejudicaria as farmácias, diz a XP.
Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer escrevem que a categoria é fundamental para as farmácias, representando 20% de suas receitas, com a medida ventilada pelo governo potencialmente prejudicando faturamento e margens.
Já para supermercados, a medida seria positiva, dado que apoiaria o aumento das vendas e a expansão da margem bruta. Calculando que a cada aumento de ponto percentual nas vendas equivale a mais R$ 5 bilhões de faturamento para empresas listadas.
No entanto, a medida tem efeito limitado. Pois o aumento de um ponto percentual nas vendas de medicamentos sem prescrição reduziria apenas 0,6% nos custos de supermercados, insuficiente para conter a inflação.
Com informações do Valor Econômico