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O IBGE divulgou que o IPCA-15 de agosto subiu 0,19%, abaixo dos 0,30% de julho. A inflação acumulada em 12 meses desacelerou para 4,35%, comparado a 4,45% do mês anterior. O resultado ficou próximo da expectativa do mercado, que previa 0,20%. O grupo de transportes teve a maior alta (0,83%), impulsionado pelos combustíveis. Em contraste, passagens aéreas caíram 4,63%. O grupo de alimentação e bebidas registrou queda de 0,80%, com destaque para a redução nos preços do tomate e da cenoura.
Com o resultado, a prévia da inflação no acumulado em 12 meses ficou em 4,35%. Ou seja, também desacelerou em relação à taxa de 4,45% da leitura do mês anterior.
Além disso, o IPCA-15 de agosto ficou praticamente em linha com a expectativa do mercado financeiro. O consenso apontava para uma variação de 0,20% no mês, conforme relatórios de instituições financeiras.
Destaques do IPCA-15 de agosto
De acordo com o IBGE, a maior variação (0,83%) e o maior impacto (0,17 ponto percentual) vieram do grupo transportes.
Dessa forma, o resultado foi influenciado pelos combustíveis (3,47%), principalmente pela gasolina (3,33% e 0,17 p.p.). etanol (5,81%), gás veicular (1,31%) e óleo diesel (0,85%) também apresentaram altas.
Por outro lado, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,63% e -0,03 p.p.).
Na sequência, segundo o IBGE, o IPCA-15 de agosto foi pressionado pelo grupo educação (0,75% e 0,05 p.p.).
Sendo que os cursos regulares subiram 0,77% sobretudo por conta dos subitens ensino superior (1,13%) e ensino fundamental (0,57%). A alta dos cursos diversos (0,47%) foi influenciada principalmente pelos cursos de idiomas (0,96%).
Já no grupo habitação (0,18%), o maior impacto veio do gás de botijão (1,93% e 0,02 p.p). Enquanto a energia elétrica residencial passou de 1,20% em julho para -0,42% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde.
Queda nos preços dos alimentos
Ainda entre os destaques do IPCA-15 de agosto, o IBGE apontou que o grupo de alimentação e bebidas (-0,80% e -0,17 p.p.) apresentou queda pelo segundo mês consecutivo.
Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-26,59%) e da cenoura (-25,06%). Bem como da batata-inglesa (-13,13%) e da cebola (-11,22%). No lado dos subitens em alta, destaca-se o café moído (3,66%).
Mas a alimentação fora do domicílio (0,49%) acelerou em relação ao mês de julho (0,25%). Isso em virtude das altas mais intensas do lanche (de 0,24% em julho para 0,76% em agosto) e da refeição (0,23% em julho para 0,37% em agosto).